nunca achei que o ato de votar fosse um ato de liberdade, mas sim de ilusão.
faz poucos dias que descobri que os alunos da rede pública votam na eleição da Direção de sua escola a partir dos 12 anos de idade.
não acho crucial eles não saberem votar.
aliás, faz anos que os maiores de 18 anos votam e só fazem merda.
mas, eu acho um pouco cedo para começar a desacreditar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
revendo conceitos
liberdade não é uma calça jeans velha e desbotada.
para mim uma calça jeans é a missão de ocultar o cofre (branco) o dia todo.
sem falar que quando a gente lava ela dá aquela encolhida básica que quase obriga a gente a pular de cima do guarda-roupa para conseguir habitar aquele espaço.
espaço este que a cada pouco fica menor. (é, as confecções não respeitam as numerações)
liberdade - que me perdoem os saudosistas - é uma calça de suplex um número maior.
para mim uma calça jeans é a missão de ocultar o cofre (branco) o dia todo.
sem falar que quando a gente lava ela dá aquela encolhida básica que quase obriga a gente a pular de cima do guarda-roupa para conseguir habitar aquele espaço.
espaço este que a cada pouco fica menor. (é, as confecções não respeitam as numerações)
liberdade - que me perdoem os saudosistas - é uma calça de suplex um número maior.
o peso da vida real 2
então, chegou a balança digital da minha mãe.
mas, (o "mas" pode ser feliz!) ela acabou comprando uma balancinha de pesar gramas - sem querer -. (crédo, eu fico pensando o quanto pode o pensamento desesperado de uma gorda)
logo, não foi desta vez que eu me pesei pelada.
contudo, ela não desistiu da compra e eu não poderei desistir das alfaces.
se o pior da vida real é que ela pode ficar ainda mais real, o melhor é que não tem hora certa para isto acontecer.
e viva a minha mãe!
(minha mãe é uma das poucas coisas vitalícias da minha vida, o resto são fases e quilos que não querem me abandonar..)
mas, (o "mas" pode ser feliz!) ela acabou comprando uma balancinha de pesar gramas - sem querer -. (crédo, eu fico pensando o quanto pode o pensamento desesperado de uma gorda)
logo, não foi desta vez que eu me pesei pelada.
contudo, ela não desistiu da compra e eu não poderei desistir das alfaces.
se o pior da vida real é que ela pode ficar ainda mais real, o melhor é que não tem hora certa para isto acontecer.
e viva a minha mãe!
(minha mãe é uma das poucas coisas vitalícias da minha vida, o resto são fases e quilos que não querem me abandonar..)
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
o peso da vida real
é mais ou menos assim:
quando o tênis fica confortável, aparece um furo.
quando a calça jeans assume teus contornos já está desbotada.
quando a gente descobre todos as funções do celular está na hora de trocar
quando a gente se conforma, surge uma oportunidade.
mas, a coisa sempre pode ficar pior.
minha mãe vai comprar uma balança digital.
se olhar pelada no espelho do banheiro já é uma missão.
agora imagina se olhar e confirmar tudo na balança.
fazer as necessidades, então, é uma questão de honra: se pesar antes e depois.
e nada mais daquela coisa de dizer que pesou tanto, mas tanto era de roupa ou sapato.
o pior da vida real é que ela sempre pode ficar mais real.
mas (nem sempre o "mas" é ruim), eu nem moro com a minha mãe e nem sou uma maria mijona.
quando o tênis fica confortável, aparece um furo.
quando a calça jeans assume teus contornos já está desbotada.
quando a gente descobre todos as funções do celular está na hora de trocar
quando a gente se conforma, surge uma oportunidade.
mas, a coisa sempre pode ficar pior.
minha mãe vai comprar uma balança digital.
se olhar pelada no espelho do banheiro já é uma missão.
agora imagina se olhar e confirmar tudo na balança.
fazer as necessidades, então, é uma questão de honra: se pesar antes e depois.
e nada mais daquela coisa de dizer que pesou tanto, mas tanto era de roupa ou sapato.
o pior da vida real é que ela sempre pode ficar mais real.
mas (nem sempre o "mas" é ruim), eu nem moro com a minha mãe e nem sou uma maria mijona.
domingo, 18 de outubro de 2009
corrida contra o tempo
a corrida conta o tempo é meu esporte mais praticado e odiado. e aquele que mais me engorda.
daí, eu tenho um sonho bom e me demoro uns minutos a mais na cama e é aquilo de ter que colocar a escova de dentes na bolsa e ajeitar os cabelos no carro.
a hora do almoço é sempre a hora da escolha: ou eu troco de roupa, ou almoço, ou vou ao banco, ou vejo minha mãe por uns segundos. sempre na hora do almoço eu preciso abortar alguma vontade.
daí, eu compro um creme que promete reter o tempo e me pipoco de alergias.
mas, como desgraça pouca é bobagem: eis que surge o horário de verão. meses passando sono, almoçando sem fome e dormindo com sol.
o tempo é aquele que me faz correr sem nunca chegar. aquele que ri muitas vezes de mim e poucas vezes comigo. aquele que me assusta no espelho. aquele que sabe tudo, mas compartilha pouco comigo.
Temos muito tempo... Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos... O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos.
A verdade é que não temos muito tempo.
Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver... sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido.
(Paulo Geraldo)
"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito." (Clarice Lispector)
das citações
"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sonho de consumo, cada um tem o seu
vou te dizer, além de todos os constrangimentos que já se sabe, estar além do peso ideal dá um trabalho desgraçado.
juro que eu queria saber congelar alface.
lavar, secar e guardar alface dia sim e outro também sim... me piora significativamente a vida doméstica - que já é um dos meus fracos.
juro que eu queria saber congelar alface.
lavar, secar e guardar alface dia sim e outro também sim... me piora significativamente a vida doméstica - que já é um dos meus fracos.
domingo, 11 de outubro de 2009
das ecologias
há uns 10 anos atrás, eu trazia para casa TODOS os panfletos que eram distribuídos: de carro, de boate, de cartomante, de político, de promoção.
algum dia alguém me contou que as pessoas que entregam panfletos só tem o expediente encerrado quando estes terminam.
mas, de uns tempos pra cá, eu desvio, eu fecho a janela do carro, agradeço e passo reto.
é, não pego nem aqueles que me interessam.
um panfleto consegue alterar o peso da minha culpa diária de produzir lixo.
algum dia alguém me contou que as pessoas que entregam panfletos só tem o expediente encerrado quando estes terminam.
mas, de uns tempos pra cá, eu desvio, eu fecho a janela do carro, agradeço e passo reto.
é, não pego nem aqueles que me interessam.
um panfleto consegue alterar o peso da minha culpa diária de produzir lixo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
me falta fôlego...
eu li a biografia do Paulo Coelho e estou fazendo uma oficina literária com o Hermes Bernardi Jr.
e vou te dizer: viver de literatura é mais que percorrer o Caminho de Santiago!
eu sei que gosto de escrever, mas tenho certeza de que não sou uma escritora:
detesto microfone
não sei fazer performance
não toco violão
não tenho palco e nem sei montar um
não sei me fantasiar
não tenho tempo para esmolar ou divulgar
não acho justo pagar para publicar
acho menos justo ainda pagar ilustrador, edição e mais publicação.
é, eu sou uma pessoa que tem rinite, me falta fôlego!
e vou te dizer: viver de literatura é mais que percorrer o Caminho de Santiago!
eu sei que gosto de escrever, mas tenho certeza de que não sou uma escritora:
detesto microfone
não sei fazer performance
não toco violão
não tenho palco e nem sei montar um
não sei me fantasiar
não tenho tempo para esmolar ou divulgar
não acho justo pagar para publicar
acho menos justo ainda pagar ilustrador, edição e mais publicação.
é, eu sou uma pessoa que tem rinite, me falta fôlego!
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
das citações - Palavra Aguda
Nada é original. Apropria-te de tudo o que te enche de inspiração ou estimula a tua imaginação. Devora sem distinção filmes velhos e filmes novos, músicas, livros, quadros, fotografias, poemas, sonhos, conversas ouvidas por acaso, arquitetura, sinaléctica urbana, árvores, nuvens, movimentos de água, sombras e luz. Rouba apenas as coisas que falem diretamente ao teu coração. Se agires assim, a tua criação (tal como o teu fruto) será autêntica. A autenticidade é inestimável; a originalidade uma quimera. E não tentes dissimular o que pediste emprestado – reivindica-o se for teu desejo. Dê por onde der, lembra-te sempre do que disse Jean-Luc Godard: “O importante não é onde se apanha as coisas – é até onde se as leva”.
Jim Jarmusch
Jim Jarmusch
Olimpíadas de 2016
desde que foi divulgado que vai ser no Rio, tem gente que não pára mais de reclamar... por que não investem em saúde? por que não investem em educação? com tanta gente passando fome... e a violência?
pra mim, se a grana não for desviada (mais uma vez e como sempre) já superou TODAS as minhas expectativas!
(e olha que esporte é um dos meus pontos mais fracos)
pra mim, se a grana não for desviada (mais uma vez e como sempre) já superou TODAS as minhas expectativas!
(e olha que esporte é um dos meus pontos mais fracos)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
nenhumas das alternativas
eu não acho que o caso do ENEM prejudique os estudantes.
eu não acho que vá adiantar nada refazer, porque de tanta comprovação, eu não acredito mais que o nosso governo consiga não se corromper.
a minha alternativa correta é que eu me sinto cada vez mais palhaça sem achar a mínima graça.
eu fico imaginado que tudo vai acabar em pizza.
eu fico imaginado as toneladas de papéis impressas para estas provas que foram literalmente para o lixo. (e eu, palhaça, tentando ser ecologicamente correta)
eu fico imaginando a fortuna que eu pago de imposto, mais uma vez sendo posta fora. (e eu palhaça fazendo declaração de imposto de renda)
e ainda por cima, o voto obrigatório.
obrigatório deveria usar um nariz de palhaço, quem sabe assim eu acharia graça neste circo todo que sobrevive as minhas custas.
eu não acho que vá adiantar nada refazer, porque de tanta comprovação, eu não acredito mais que o nosso governo consiga não se corromper.
a minha alternativa correta é que eu me sinto cada vez mais palhaça sem achar a mínima graça.
eu fico imaginado que tudo vai acabar em pizza.
eu fico imaginado as toneladas de papéis impressas para estas provas que foram literalmente para o lixo. (e eu, palhaça, tentando ser ecologicamente correta)
eu fico imaginando a fortuna que eu pago de imposto, mais uma vez sendo posta fora. (e eu palhaça fazendo declaração de imposto de renda)
e ainda por cima, o voto obrigatório.
obrigatório deveria usar um nariz de palhaço, quem sabe assim eu acharia graça neste circo todo que sobrevive as minhas custas.
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