quinta-feira, 30 de outubro de 2008

sem saída

na hora do almoço, fiquei sabendo que os funcionários públicos do RS não podem mais fazer greve. (caso façam, terão o salário cortado.)

no fim do dia eu fui à feira.
pedi o preço da rapadura, pensei nas calorias... e comprei uma couve!
pedi o preço do vidro de melado, pensei nas calorias ... e comprei laranjas!

no momento, não sei o que é mais complicado: ser gorda ou ser gaúcha...

pior, só eu mesma: uma gaúcha gorda que luta com bravura contra o aspartame.
(talvez o aspartame fosse a minha solução, às vezes eu acho que só derretendo o cérebro para suportar certas coisas.)

remoto controle

no fim do ano passado, na minha lista de desejos para 2008, a única coisa que constava era vencer o vício do clight (suco de pacote dietético).
só consegui agora, quase final do ano.

fiquei pensando na minha lista de coisas pra fazer antes de morrer - que tá de matar!
se a coisa continuar neste ritmo, vou partir para uma lista de desejos para a próxima encarnação.

Diretamente do Mafalda Crescida

“Nem sempre vai ser assim.”( Retirado de uma história chinesa )

“As pessoas felizes não incomodam ninguém.”( Não sei quem inventou, mas é verdade verdadeira. )

“A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas triste pelo que há nela
De fragilidade e incerteza.”( Manuel Bandeira )

“Nunca diga nunca.”( Vi num filme, mas não sei quem escreveu. )

“É melhor se sofrer junto do que ser feliz sozinho.”( Vinícius de Moraes )

“É quando eu fico fraca que eu fico forte.”( S. Paulo )

“Hoje eu só quero que o dia termine bem.”( Daniel Carlomagno )

“O pior analfabeto é o analfabeto político.”( Bertold Bretch )

“Se o egoísmo tivesse corpo, ele seria homem.”( Desconheço o aut
or, mas aposto que era uma autora. )

“O destino é um gozador.”( Luís Fernando Veríssimo )

“A mentira é bonita.”( Mario Quintana )

“Sorria que seu rumo se alumia.”( Também desconheço o autor, mas funciona pra mim. )

“Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina. Mas sou minha, só minha, e não de quem quiser.”( Renato Russo )

“Façam muitas manhãs, que se o mundo acabar eu ainda não fui feliz.”( Chico Buarque, claro. )

“Morrer de vez em quando é a única coisa que me acalma.”( Paulo Leminski )

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”( Saint Exupéry )

“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.”( Autoria Controvertida )

“A saudade é o revés de um parto; a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu.”( Chico Buarque, é lógico. )

“Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.”( Fernando Pessoa )

“As pessoas fazem o melhor que podem. Se tivessem conseguido mais, teriam feito.”( Desconheço a autoria )

“Amor não é amor,Se quando encontra obstáculos se altera,Ou se vacila ao mínimo temor.”( Shakespeare )

“Ainda que seja noite
O sol existe.”( Wladmir Maiacovski)

“Basta a cada dia o seu mal.”( Jesus Cristo )

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ponto turístico

o meu ponto turístico preferido, na minha província é a enchente.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

carpi

“MINHA ESCRITA É UM ESPELHO, ONDE NÃO ME CONFIRMO, MAS UM ESPELHO QUEBRADO, ONDE OS CACOS BRILHAM E SÃO FACAS PARA ENFRENTAR O SENSO COMUM.”
FABRÍCIO CARPINEJAR

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

...um luxo!

li no jornal sobre uma mulher que contratou um detetive para seguir o marido.
depois, com as fotos confirmando o imaginável, ela reuniu os familiares e apresentou o motivo da separação, aliás apresentou o motivo fotografado.

eu?eu achei tudo muito chique, quer dizer: civilizado.

fiquei pensando naquelas mulheres que se escondem atrás da árvore, que se disfarçam e seguem o marido, que se atracam com a outra pelos cabelos, que fazem voar pela janela as roupas do desgraçado.aquelas gritarias onde todos se acusam, mas ninguém prova nada.

é, não basta ter as unhas bem feitas, é preciso saber enfiar a mão na merda sem feder os próprios dedos.

logicamente, não desprezando ninguém (aliás, eu nem as unhas faço...), pois todos hão de ser apenas loucamente humanos.

e como disse Pessoa: "todas as cartas de amor são ridículas, mas só quem não escreveu cartas de amor é que é verdadeiramente ridículo..."

(bom mesmo é quando a gente já passou o ridículo e pode rir de si mesmo...)

(e há quem pense que civilizados são os ecologicamente corretos... - eu? eu, estou mundando os meus conceitos... como diz aquela antiga propanda. )

homens... ainda!

não parei de pensar nesta coisa de homem ideal.

não posso deixar de citar alguns (certamente vou esquecer de uns tantos), que me EN-CANTAM: fernando pessoa, caetano, chico, humberto gessinger, renato russo, tom jobim, zeca baleiro, vinícius, lenine, zé ramalho, chico césar, luis fernando verissimo, quintana, leminski, arnaldo antunes, raul seixas, machado de assis, toquinho, djavan, gilberto gil, cazuza, frejat, herbert viana, ... (por aí vai... vai tanto que eu nunca mais volto!)

aliás, homem que é homem, vem acompanhado de uma boa trilha sonora... sabe uns poemas, conhece uns livros e sabe ler uma mulher.

tipos de homem

eu já tive certeza que meu tipo de homem eram os loiros.
tive uma colega que adorava homens de farda.
uma amiga que tinha uma cruz com os bêbados.
outra que sempre arrumava homem mulherengo.
uma que só queria saber dos mais novos.
uma outra que até desistiu da raça.

hoje a ticcia (http://www.ticcia.com/) escreveu na revista paradoxo sobre o seu tipo ideal de homem.

eu não acredito mais em tipos. eu não acredito mais em ideais.

mas, homem mais homem, pra mim, é aquele que me faz acreditar.
aquele que me tira dos contornos do meu corpo não apenas com o seu, mas com o que carrega dentro deste.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

frases

eu me apaixono por frases.
eu moro, morro e renasço nas palavras onde faço morada e também naquelas que me deixam sem teto.
como cantou humberto, numa palavra eu tenho eternidade para uma semana.

"só dói quando eu respiro" (é o título de um blog que eu andei lendo)

"ela procurava um príncipe e ele procurava a próxima." (skank - formato mínimo)

"fecha a luz, apaga a porta" (kleiton e kledir)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Clarice (mais um vez entre tantas que se foram e ainda virão)

É que tudo que eu tenho não se pode dar.
Nem tomar.
Eu mesma posso morrer de sede diante de mim.
A solidão está misturada à minha essência.
Meus conhecimentos mais verdadeiros atravessam a minha pele, me vieram quase traiçoeiramente.
Tudo o que eu sei eu nunca aprendi e nunca poderei ensinar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

mais um texo que me lê...

às vezes, um texto lê a gente a ponto de causar medo...

lá do blog: http://ameaventurar.blogspot.com/

Did I mean to be mean?

Eu sei, eu sei…. Eu posso ser cruel às vezes. Mesmo que raramente, em situações extremas, quando a minha paciência maior do mundo não deu conta de acompanhar mais, quando a minha imensa tolerância se esgota, quando a minha compreensão quase absoluta me abandona... nessa hora eu sou cruel. De uma forma que nem reconheço, que nem percebo, que nem controlo. Não consigo controlar. Eu que prezo sempre pela justiça, nessa hora não sou justa. Nem boa, nem generosa, nem nenhuma outra qualidade que me seja inerente em outros momentos. Nos meus momentos de esgotamento eu digo coisas que nunca pensei que fosse dizer, uso palavras que não seria capaz de usar, machuco de uma forma que nunca, nunca seria capaz de machucar. E eu não tenho justificativas plausíveis pra isso. E nem acho que tô no meu direito, e nem tento me explicar. Mas é isso que eu sou.Às vezes eu sou cruel só por esporte também. Só pra dar o troco, pra mostrar que posso não ser flor que se cheire se quiser, pra provar (até pra mim) que posso, que consigo. Que sou minha, só minha, e não de quem quiser. Pra me auto-afirmar mesmo. É claro que eu não acho isso bonito. Mas acho isso humano.O fato é que em alguns momentos, e principalmente nesse lugar aqui, eu me despejo, eu me entorno, eu transbordo. De tudo que me preencha, que me encha, que me sufoque, que me atrapalhe os movimentos. Despejo nessa mal traçadas linhas os meus potes de mágoas e revoltas, de alegrias e euforias, de incertezas e vazios. Simplesmente porque essa é a minha terapia. E por me entregar assim sem reservas e freios, sem filtros e pudores, eu às vezes sou direta demais. Curta e grossa demais. Na exata medida em que não consigo ser na vida real, em sentido oposto. Eu não te digo, mas te escrevo. Eu não me declaro, não te olho com paixão, não te digo o que me atrai, o que me envolve, o que me conquista. Eu te escrevo uma carta de amor e coloco aqui, jogo na rede, jogo no universo. E tá feito. Do mesmo modo como eu não brigo, não discuto, não te bato na cara quando essa é a maior vontade.... mas venho aqui e te produzo o maior dos tapas na cara, literário. E no momento em que o faço, nem me importa se você merece ou não apanhar. Me importa que eu preciso bater, que eu preciso me livrar do fantasma. E eu o faço.Depois que volto e me leio, depois que alguém me diz algo, me desarma às vezes com uma única frase, eu vejo que ok, a limpeza foi feita, mas justa eu não fui. Aí posso sopesar tudo de novo, rever os pontos de vista, olhar com novos olhos. Perdoar a mim, ao outro, à vida. Dissipar os nós e os azedos que me habitavam. Às vezes eu olho e penso que exagerei sim, que foi forte demais mesmo, que não foi merecido não. E aí penso que “ôrra, pelo menos eu não bati de verdade”Acho que o que eu quero dizer é..... não é sua culpa. Não mesmo. Talvez não seja minha também, mas sua eu tenho certeza que não é. E você nunca vai ler nada disso, nem vai intuir nada disso, nem vai perceber. Convenhamos, você não é tão perspicaz assim, nem imagina que eu o seja. Mas ainda assim, eu sei, é claro que sei, que você não merece uma pessoa tão pouco pura e tão capaz de ser cruel quanto eu sou, quanto eu posso ser.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

mesmo assim

mesmo sabendo o quanto dói desacreditar, um dia eu quero sentir o prazer e a inocência de acreditar de novo...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

monografia da pós

então, a orientadora me olhou e disse: - agora, solta a tua escrita e esquece a fundamentação teórica.
eu ri por dentro.
eu ri por fora.
eu fiz cara de quem merece a cobertura do bolo e a salsicha do cachorro-quente.
ela percebeu.
ela perguntou se eu tinha entendido.
sim, claro: agora eu paro de citar os mortos e dou voz a minha coleção particular de fantasmas.

pausa

é: esta época do ano a gente escreve menos e vai cuidar da bunda.
é, da bunda.
quem repara nas nossas vírgulas?
quem não repara na nossa flacidez?

e tantas vezes eu não consigo diluir as palavras para que elas fiquem da cor do que eu ando pensando... tantas vezes!