quarta-feira, 27 de julho de 2011

da vida proletária

a criatura tira 2 dias de férias, precisando se higienizar como nunca por conta das sua perebas de atleta e nada de água.
desde às 8 da manhã sem água, podendo entrar noite adentro nesta situação.
sem contar que foi o dia do ano em que a pessoa quis colocar em dia as atividades domésticas e agora tem louça e mais louça entupindo a pia.
ligo lá na corsan. peço pela previsão da volta da água.
não, há previsão.
peço se vou ter algum desconto na conta. o cara me diz: claro que não senhora, é um imprevisto.
ah, mas quando eu tenho um imprevisto e pago a conta com atraso eu pago multa, sabia senhor? ninguém quer saber dos meus motivos. os meus motivos sempre viram multa.
pois é senhora, a situação tá tão séria que mandamos 2 caminhões de água para os detentos. (juro, juro que ouvi isto. a gente liga para ter uma previsão e se acalmar e ainda escuta isto!)
senhor, mas que legal. eu já me comovia taaanto com as manhãs domingo sem água para as manutenções, para evitar problemas para as empresas e literalmente deixar os trabalhadores suando... e agora mais esta: primeiro os ladrões!
vou desligar, já que não posso tomar banho vou ficar tomando naquele lugar enquanto vocês providenciam água para quem não paga o salário de vocês.

da vida de quase atleta

Como me enchi de alergias na piscina, parti para academia. 200 abdominais, 4 aparelhos para a postura das costas e mais 1 hora de esteira. Agora progredi: a cada 5 min na esteira corro 1 min. É na hora da corrida que vejo o quanto ainda tenho que melhorar, pois tudo balança bastante, bastante mesmo. Eu e o padre da paróquia somos os mais assíduos. Como eu tenho que fazer alguma coisa para passar o tempo, ou eu penso em textos que gostaria de escrever ou eu cuido da vida do Padre. Ele quer ficar bombado, quase morre levantando mais quilos do que ele pesa. Ele é meio gurizinho e cuida da vida dos fiéis, até vai perguntar porque não foram à missa. Os fiéis por sua vez paqueram. E os instrutores incomodam todo mundo. Inclusive eu que não tenho paciência para alongar. No fundo, como tudo na vida, é um circo. Tem uma menina linda que faz esteira de manta. Sua e não tira a manta. Sempre na pose. Suar com pose não é para qualquer um. Deus me livre mais uma manta para balançar.

E agora, como na vida nem tudo são flores, me apareceram umas bolinhas na perereca.
Acho que é muito suador e calça justa de ginástica.
Passei 5 dias terríveis morrendo de frio com calça de abrigo bem solta cheia de ar frio entrando pelos tornozelos.
E pomadinhas.
A ginecologista pelo plano de saúde só tem hora para setembro. Disse para a secretária que até lá eu não tenho mais perereca e nem marido. Ela disse que eu podia pagar a consulta. Eu disse que já pagava plano para não pagar consulta. Ela disse que não podia fazer nada. Nem eu, o que faz uma mulher de perereca capenga? Daí, marquei um clínico geral pelo plano e se a consulta não for satisfatória vou lá pagar a consulta particular na ginecologista. Pagar imposto, plano e consulta particular...

por mais que a gente corra, não há como fugir!

domingo, 24 de julho de 2011

da série: vida de academia

eu, feliz com meu progresso na esteira: a cada 5 minutos corro 1.
ela, do meu lado, de manta, caminhando muito de vagar na esteira.
meu olho não me obedece e começa a olhar, olhar e olhar.
ela solta:
- não posso me esforçar muito, meu namorado diz que eu tô no ponto.
eu, no ponto de polenta mole continuo me esforçando bastante.