um dia porque estava cansada, outro porque o dia estava difícil, no outro porque precisava dormir bem e tantas vezes porque tinha cansado de se indispor.
foi assim que ela foi desistindo de algumas pequenas coisas.
não demorou e doeu um pouco só: ela aprendeu a ignorar coisas que a incomodavam.
não reclamava, não brigava.
esquecia. não via. engolia.
um dia ao se olhar no espelho, ela ficou em dúvida sobre uma pinta perto da boca. nascera com ela, mas não lembrava. só sossegou quando olhou uma foto desbotada de si mesma, mas não mais desbotada que as suas certezas.
doeu bem mais do que ela imaginava e nunca mais passou.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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Um comentário:
gosto do teu oblíquo olhar. Abraço forte.
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