pra mim, o espaço sagrado da internet é pré-histórico: E-MAIL.
ninguém comenta.
ninguém adultera.
ninguém se limita ao número de toques.
ninguém espia.
a gente escreve quando quer.
o outro abre quando tem vontade.
mas, quando eu falo em mandar um e-mail, os olhos ao redor se arregalam.
todo mundo quer face. twitter. um milhão de seguidores. ser olhado. amado. requisitado. comentado.
(aliás, tanta gente no twitter me intriga: eu acho uma baita vantagem poder pensar em segredo, em voz baixa, rir sozinha e por dentro,... ser eu mesma apenas comigo mesma...)
eu quero ser esquecida por muitos.
quero mais asas do que rastros.
mais abstração e menos exposição.
eu uso e-mail de forma sagrada.
abro no mínimo uma vez ao dia.
respondo.
confesso vergonhas.
conto segredos.
marco compromissos.
me arrisco até na poética para os íntimos.
releio.
mando e-mail até para mim mesma. sim, eu falo comigo mesma em voz alta, baixa e também escrita. no banheiro até cantada.
e não, não repasso bobagens. não, de verdade.
não que eu não queira que meus contatos ganhem aquela cesta da cacau show, mas eu já passei desta fase tão doce. e mesmo assim eu gostaria de ser minimamente respeitada.
como diz a música, MAIL para mim não é uma transa típica, é o amor no seu formato mínimo.
não, eu sou uma menina procurando um príncipe. mas, também não quero todo o lixo do mundo, como os caras que estão atrás da próxima. se eu estou atrás de algo (em todos os sentidos) é das palavras. pra mim, sagradas.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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