já faz mais de ano que parei de olhar novela.
qualquer novela. todas as novelas.
poderia dizer que é falta de tempo, que o roteiro é ruim e por aí vai.
mas, a verdade é que não consegui mais ver tanta (todas, diga-se de passagem) bunda sem celulite.
sábado, 25 de setembro de 2010
lá do Palavra Aguda
Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
“Milágrimas“, de Itamar Assumpção e Alice Ruiz
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
“Milágrimas“, de Itamar Assumpção e Alice Ruiz
da complicada arte de comer
quando eu era escoteira, antes da gente comer, rezávamos assim: "uns têm, mas não podem. outros podem, mas não têm. nós que temos e podemos, agradecemos ao senhor."
hoje eu tenho e posso, mas pela consciência das minhas protuberâncias me culpo e não agradeço ao senhor.
hoje eu tenho e posso, mas pela consciência das minhas protuberâncias me culpo e não agradeço ao senhor.
coisas da idade
depois do 30, quando um mulher diz: " tenho uma coisa pra te contar..." TODOS têm certeza que ela está grávida.
pois, eu afirmo que depois dos 30 as mulheres têm outros estados interessantes que não seja o gestacional.
pois, eu afirmo que depois dos 30 as mulheres têm outros estados interessantes que não seja o gestacional.
domingo, 19 de setembro de 2010
da série: pequenas tristezas domésticas
vez em quando uma meia perde o seu par.
passa a ser uma meia solteira por dias e dias fora da gaveta, numa canto qualquer.
às vezes é passageiro, às vezes não - como na vida real.
passa a ser uma meia solteira por dias e dias fora da gaveta, numa canto qualquer.
às vezes é passageiro, às vezes não - como na vida real.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
inventário dos meus 33 - 34 anos
então, chego aos 34 anos. (dia 19 de setembro)
juro que ainda lembro dos 14, mas sem saudades devido às provas de matemática.
muitos cabelos brancos ainda não pintados.
uma casa meia própria porque divido com o marido.
umas quantas calças jeans abandonadas pelo conforto do suplex.
uns quilos pra perder.
a fé de melhorar a minha bunda, persiste.
a fé na humanidade voltando bem devargarzinho - efeito do contato com as crianças na APAE.
alguns pilas no banco (conferidos semanalmente depois que a minha mãe teve o cartão clonado).
algumas neuroses e muitas paranóias.
uma quase compulsão pela escrita: o verbo em dia e a pilha de louça na pia ou a louça lavada e as palavras não escritas me engasgando.
saudades da minha vó que já morreu.
a falta de jeito pra fazer unha, usar batom,combinar as roupas e usar meia-calça.
medo de salto alto. gosto pela cafonice das plataformas.
horas e horas na piscina térmica. (pela bunda e pela paz)
alergias respiratórias e epidérmicas. pomadas, remédios e feridas. nehuma tatuagem.
um celular jurássico que nunca me deixa na mão.
o intestino mais preguiçoso do que eu.
um irmão longe e um tio no asilo.
pai fazendo pelling e mãe acreditando em tudo, mais que qualquer discípulo.
apertada no manequim 42 e folgada demais no 44.
um cachorro imaginário chamado benhur.
uns amigos reais que viram virtuais.
uns virtuais que sumiram.
falta de paciência para o mercado e fascinação (ainda) por clarice lispector.
todos os filmes que eu ando olhando não têm mais fim. tudo no ar. e eu com meio pulmão a cada vez que me emociono.
um monte de gente se matando, os enforcados têm mais êxito (na morte, não na vida).
listas de coisas escritas à mão do que farei com o prêmio da mega-sena (e jogo só de vez em quando) - as lotéricas fecham no horário sagrado do almoço quando eu resolvo as minhas burocracias existenciais -
dois empregos, um marido e sem amante.
adiando o psiquiatra por achar a hora dele cara demais.
um computador só meu por onde fujo, me perco e às vezes não volto.
esperando o sol como quem espera Deus.
branca que nem leite, as alergias levaram embora o meu sofrido e parco bronzeado artificial.
pêlo encravado, depilação definitiva à vista.
o medo da panela de pressão indo embora.
o ácido no rosto pela noite, a acidez lúcida de algumas pessoas, o riso aberto dos ingênuos.
é sempre nos primeiros calores de setembro que eu faço anos, mas ainda não é menopausa.
juro que ainda lembro dos 14, mas sem saudades devido às provas de matemática.
muitos cabelos brancos ainda não pintados.
uma casa meia própria porque divido com o marido.
umas quantas calças jeans abandonadas pelo conforto do suplex.
uns quilos pra perder.
a fé de melhorar a minha bunda, persiste.
a fé na humanidade voltando bem devargarzinho - efeito do contato com as crianças na APAE.
alguns pilas no banco (conferidos semanalmente depois que a minha mãe teve o cartão clonado).
algumas neuroses e muitas paranóias.
uma quase compulsão pela escrita: o verbo em dia e a pilha de louça na pia ou a louça lavada e as palavras não escritas me engasgando.
saudades da minha vó que já morreu.
a falta de jeito pra fazer unha, usar batom,combinar as roupas e usar meia-calça.
medo de salto alto. gosto pela cafonice das plataformas.
horas e horas na piscina térmica. (pela bunda e pela paz)
alergias respiratórias e epidérmicas. pomadas, remédios e feridas. nehuma tatuagem.
um celular jurássico que nunca me deixa na mão.
o intestino mais preguiçoso do que eu.
um irmão longe e um tio no asilo.
pai fazendo pelling e mãe acreditando em tudo, mais que qualquer discípulo.
apertada no manequim 42 e folgada demais no 44.
um cachorro imaginário chamado benhur.
uns amigos reais que viram virtuais.
uns virtuais que sumiram.
falta de paciência para o mercado e fascinação (ainda) por clarice lispector.
todos os filmes que eu ando olhando não têm mais fim. tudo no ar. e eu com meio pulmão a cada vez que me emociono.
um monte de gente se matando, os enforcados têm mais êxito (na morte, não na vida).
listas de coisas escritas à mão do que farei com o prêmio da mega-sena (e jogo só de vez em quando) - as lotéricas fecham no horário sagrado do almoço quando eu resolvo as minhas burocracias existenciais -
dois empregos, um marido e sem amante.
adiando o psiquiatra por achar a hora dele cara demais.
um computador só meu por onde fujo, me perco e às vezes não volto.
esperando o sol como quem espera Deus.
branca que nem leite, as alergias levaram embora o meu sofrido e parco bronzeado artificial.
pêlo encravado, depilação definitiva à vista.
o medo da panela de pressão indo embora.
o ácido no rosto pela noite, a acidez lúcida de algumas pessoas, o riso aberto dos ingênuos.
é sempre nos primeiros calores de setembro que eu faço anos, mas ainda não é menopausa.
sábado, 4 de setembro de 2010
mega sena
eu sou lerda para entender estes milhões da mega sena.
mas, alguém me disse que se eu ganhasse e deixasse o dinheiro na poupança me renderia 10 mil por dia. eu já viveria muito bem com 10 mil por mês.
dez mil por dia, eu teria que fazer um bom tratamento dentário: eu ia sorrir até dormindo.
então, se você é daqueles que não saberia o que fazer com o dinheiro, ou acha que tanta grana estraga tudo... e se por acaso ganhar... doa pra mim!
e caso você precise de um estímulo pra jogar: faça uma lista se todas as pessoas que você gostaria de mandar tomar no c*.
mas, alguém me disse que se eu ganhasse e deixasse o dinheiro na poupança me renderia 10 mil por dia. eu já viveria muito bem com 10 mil por mês.
dez mil por dia, eu teria que fazer um bom tratamento dentário: eu ia sorrir até dormindo.
então, se você é daqueles que não saberia o que fazer com o dinheiro, ou acha que tanta grana estraga tudo... e se por acaso ganhar... doa pra mim!
e caso você precise de um estímulo pra jogar: faça uma lista se todas as pessoas que você gostaria de mandar tomar no c*.
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