O Azul Janela é um lugar mágico, porque dele não se vê apenas para fora, se enxergar também para dentro. Para dentro de nós mesmos. Para dentro dos mais variados livros. A gente espia. As frestas sugam. E a gente foge daqui e se lê nos trechos. A partir dos trechos a gente busca o livro e aí... bom, aí não tem mais volta. Ou melhor, a gente dá volta ao mundo, em nós mesmos e retorna cada vez melhor, mais preenchidos de nós mesmos através dos outros.
Janela Lateral - Milton Nascimento
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal
Menssageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou(Você não quer acreditar)
Mas isso é tão normal
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Caveleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir.
É, a gente se perde e conta uns segredinhos. O Azul Janela é a porta do meu cavaleiro...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário