eu fico boba de ver com o ser humano se adapta, como tem tanta gente que dá a volta, ... ou que literalmente volta.
é mulher que casa com o ex-marido.
gente que amputa, transplanta, faz plástica.
gente que mora um dia ali, outro aqui.
que troca de emprego a cada ano, de celular a cada trimestre, de estado civil a cada semestre.
é como se eu me afundasse em cada entrelinha enquanto os outros viram a página. terminam o livro. começam outro.
eu fico remoendo e buscando uma forma de voltar a creditar. e nada. parece que quanto mais eu busco uma verdade, mais as incertezas me atropelam.
eu sigo acreditando que a perda da inocência é um caminho sem volta.
eu sigo crendo que eu não adapto mais.
eu sigo magra ou gorda demais para cada conceito meu.
e sim, sigo morrendo de inveja de todos os outros.
e não, não se engane, não há inveja boa.
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