Para uso diário.
Se a vida não fosse tão insubstituível
talvez ousássemos utilizá-la.
Porém arrumamo-la na prateleira
como um vistoso par de sapatos
que é bonito de se ver
mas não para uso diário.
Assim, continuamos por aí sentados
numa expectativa descalça.
Margareta Ekström, “To catch Life Anew – 10 swedish women poets” (tradução do sueco de Eva Claeson), Oyster River (Durham, New Hampshire, 2006).
domingo, 30 de agosto de 2009
Leminski
Incenso fosse música
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além.
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além.
sábado, 29 de agosto de 2009
Coisinhas que me intrigam
Me intrigam todos aqueles que dizem: "pára (é, sou do time da ortografia antiga) pra pensar."
Eu nunca parei para pensar: eu sempre pensei andando, comendo, caminhando, dando aula, escrevendo, no banheiro, lavando a louça...
Aliás, eu penso quando menos deveria.
Penso muito mais que o recomendável.
Se eu tivesse opção de não pensar, se eu precisasse parar para pensar, acho que virava atleta de maratona. Porque vamos e venhamos sem nunca sair do lugar, é o ato de pensar que tantas vezes acaba com tudo.
Acho que é de tanto pensar que os numeruzinhos da minha vida (com exceção da balança) continuam tão mirrados: nenhum filho, nenhuma plástica, 1º casamento, nenhuma passagem policial, nenhum prêmio na loteria, ...
Me intriga também a paciência do marido da Maya da novela. A pobre tá desidratada de tanto chorar e ele lá: sempre lindo e amável. (Ticket! - um dia descubro o que quer dizer isto!)
Me intriga a tal sacola de pano. E daí, onde vou colocar o meu lixinho de todo dia se não na sacolinha do mercado? O saco de lixo comprado, não é de plástico também? (Sem falar que o saco de lixo que o mercado vende é de milhões de litros. Dá até para matar o marido e despachar pelo caminhão do lixo.)
Me intriga a minha falta de projeção climática: foi eu investir em casacos que o verão começou.
Me intrigam os botecos que não têm Banricompras.
Me intrigam as pessoas que votam e acreditam.
Me intrigam as mulheres que ficam em cima de um salto agulha por mais de uma hora, com tanta coisa que uma pessoa já passa na vida...
Me intriga esta moda Saruel. Além de mais gordas, as mulheres parecem cagadas...
E vou te contar: no dia em que uma mulher acha uma SOBRANCELHA branca, ela se intriga com tudo e se indigna com este senhor tão implacável chamado TEMPO.
Eu nunca parei para pensar: eu sempre pensei andando, comendo, caminhando, dando aula, escrevendo, no banheiro, lavando a louça...
Aliás, eu penso quando menos deveria.
Penso muito mais que o recomendável.
Se eu tivesse opção de não pensar, se eu precisasse parar para pensar, acho que virava atleta de maratona. Porque vamos e venhamos sem nunca sair do lugar, é o ato de pensar que tantas vezes acaba com tudo.
Acho que é de tanto pensar que os numeruzinhos da minha vida (com exceção da balança) continuam tão mirrados: nenhum filho, nenhuma plástica, 1º casamento, nenhuma passagem policial, nenhum prêmio na loteria, ...
Me intriga também a paciência do marido da Maya da novela. A pobre tá desidratada de tanto chorar e ele lá: sempre lindo e amável. (Ticket! - um dia descubro o que quer dizer isto!)
Me intriga a tal sacola de pano. E daí, onde vou colocar o meu lixinho de todo dia se não na sacolinha do mercado? O saco de lixo comprado, não é de plástico também? (Sem falar que o saco de lixo que o mercado vende é de milhões de litros. Dá até para matar o marido e despachar pelo caminhão do lixo.)
Me intriga a minha falta de projeção climática: foi eu investir em casacos que o verão começou.
Me intrigam os botecos que não têm Banricompras.
Me intrigam as pessoas que votam e acreditam.
Me intrigam as mulheres que ficam em cima de um salto agulha por mais de uma hora, com tanta coisa que uma pessoa já passa na vida...
Me intriga esta moda Saruel. Além de mais gordas, as mulheres parecem cagadas...
E vou te contar: no dia em que uma mulher acha uma SOBRANCELHA branca, ela se intriga com tudo e se indigna com este senhor tão implacável chamado TEMPO.
domingo, 23 de agosto de 2009
das vaidades
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
das citações
por Ticcia (www.ticcia.com.br)
Talvez um dia eu me torne mãe, ou não. Certo é que falar a respeito de educação de filhos é muito mais fácil do que educá-los, não tenho nenhuma dúvida. Mas há algum tempo me perguntaram o que a escola em que eu matriculasse um filho não poderia ensinar e eu respondi que a escola em que criança alguma estudasse não poderia jamais ensiná-la a ser qualquer coisa diferente do que ela realmente é.
Talvez um dia eu me torne mãe, ou não. Certo é que falar a respeito de educação de filhos é muito mais fácil do que educá-los, não tenho nenhuma dúvida. Mas há algum tempo me perguntaram o que a escola em que eu matriculasse um filho não poderia ensinar e eu respondi que a escola em que criança alguma estudasse não poderia jamais ensiná-la a ser qualquer coisa diferente do que ela realmente é.
domingo, 16 de agosto de 2009
das compulsões
compulsão, cada um tem a sua.
é por isto que às vezes eu posto várias coisas e tantas vezes nada.
tem gente que não sabe guardar dinheiro.
tem gente que não sabe guardar segredo.
tem gente que não sabe nem guardar a chave.
eu, não sei guardar posts (e nem segredo - mas não espalha).
é por isto que às vezes eu posto várias coisas e tantas vezes nada.
tem gente que não sabe guardar dinheiro.
tem gente que não sabe guardar segredo.
tem gente que não sabe nem guardar a chave.
eu, não sei guardar posts (e nem segredo - mas não espalha).
sobre coisas que uma mulher não deveria fazer no mesmo dia...
se olhar pelada no espelho e
olhar atrizes na revista caras...
(é, não precisa de explicação!)
--- --- --- --- --- ---
deusquenoslivre destes verões repentinos: tudo branco e demais para fora das roupas.
melhor os casacões!
olhar atrizes na revista caras...
(é, não precisa de explicação!)
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deusquenoslivre destes verões repentinos: tudo branco e demais para fora das roupas.
melhor os casacões!
só pra constar
ninguém sabe o quanto que dói a falta de comentários para quem tem um blog.
ou o quanto ilumina o dia de quem escreve.
é, é bem aquilo mesmo, eu não escrevo pra ninguém.
mas, quando alguém lê - e comenta, é como se a fada azul habitasse meu blog e tudo virasse palavras de verdade.
dá aquela vergonha e aquela felicidade, tipo elogio de professora.
tipo olhar de homem na rua...
ou o quanto ilumina o dia de quem escreve.
é, é bem aquilo mesmo, eu não escrevo pra ninguém.
mas, quando alguém lê - e comenta, é como se a fada azul habitasse meu blog e tudo virasse palavras de verdade.
dá aquela vergonha e aquela felicidade, tipo elogio de professora.
tipo olhar de homem na rua...
da série: sala de aula
eu sempre tive dificuldade em cobrar o uso do uniforme das crianças.
claro que eu sei que facilita para aquelas tantas coisas que todo mundo fala.
mas, também sei que é a idade onde eles começam a construir a sua personalidade, estilo, ...
é a idade onde tantas vezes a gente tem de vestir o que os pais mandam e ponto. (na maior parte da vezes quem manda mesmo é o salário do pai ou da mãe)
sem contar que roupa nunca foi e nem nunca será pré-requisito para aprender em sala de aula.
e talvez, uniformizar seja apenas uma forma de excluir o diferente.
e não, eu não sou moderna, eu acredito até em caderno de caligrafia e concentração.
e agora, além do uniforme vai ser aquilo: lembrar de lavar as mãos, limpar as classes, colocar o lixo a cada pouco para fora da sala, ficar de porta aberta (é, eu não gosto, aula pra mim às vezes tem as suas intimidades) e todas aquelas coisas que vão me matando mais do que a gripe.
mas, vai chegar o dia em que eu poderei ser apenas professora. ah, vai.
claro que eu sei que facilita para aquelas tantas coisas que todo mundo fala.
mas, também sei que é a idade onde eles começam a construir a sua personalidade, estilo, ...
é a idade onde tantas vezes a gente tem de vestir o que os pais mandam e ponto. (na maior parte da vezes quem manda mesmo é o salário do pai ou da mãe)
sem contar que roupa nunca foi e nem nunca será pré-requisito para aprender em sala de aula.
e talvez, uniformizar seja apenas uma forma de excluir o diferente.
e não, eu não sou moderna, eu acredito até em caderno de caligrafia e concentração.
e agora, além do uniforme vai ser aquilo: lembrar de lavar as mãos, limpar as classes, colocar o lixo a cada pouco para fora da sala, ficar de porta aberta (é, eu não gosto, aula pra mim às vezes tem as suas intimidades) e todas aquelas coisas que vão me matando mais do que a gripe.
mas, vai chegar o dia em que eu poderei ser apenas professora. ah, vai.
Mais gripe
"Se apenas limpando as mãos com álcool elimina o risco do vírus da gripe, ingerindo bebida alcoólica então, ele nem há de chegar perto!"
(Destas coisas que a gente recebe por e-mail...)
(Destas coisas que a gente recebe por e-mail...)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
da novela
eu tô tentando assistir a tal novela das índias.
mas, eu não tenho sorte, quando eu assisto eles só dançam, tomam chá e falam "ticket" (que eu não faço a mínima idéia do que possa significar).
hoje a minha mãe me falou no MSN para assistir que ia ter uma briga de mulheres.
no trabalho, também falavam sobre isto.
no mercado o assunto também era este.
eu corri para assistir, mas perdi a cena.
nas minhas teorias de boteco, eu acredito que mulher batendo em mulher sempre dá ibope, é catarse pura, toda mulher já quis ou quer bater (muito) em outra.
eu?
continuo querendo e evitando.
et - minhas paixões televisivas: Lineu (A Grande Família), Dr. House e agora o Tarso (Novela...)
mas, eu não tenho sorte, quando eu assisto eles só dançam, tomam chá e falam "ticket" (que eu não faço a mínima idéia do que possa significar).
hoje a minha mãe me falou no MSN para assistir que ia ter uma briga de mulheres.
no trabalho, também falavam sobre isto.
no mercado o assunto também era este.
eu corri para assistir, mas perdi a cena.
nas minhas teorias de boteco, eu acredito que mulher batendo em mulher sempre dá ibope, é catarse pura, toda mulher já quis ou quer bater (muito) em outra.
eu?
continuo querendo e evitando.
et - minhas paixões televisivas: Lineu (A Grande Família), Dr. House e agora o Tarso (Novela...)
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
ainda a gripe
não é que eu não acredito na gripe.
aliás, eu passei por uma terrível na semana passada.
é que eu não consigo acreditar que TUDO ISTO é o governo me protegendo.
eu acredito que possa ser tática para desviar atenção.
remédio encalhado.
e todas as alternativas do gênero.
proteção, pra mim, é coisa de mãe.
o governo (para mim) é aquele se interessa pelo meu voto, meu imposto, pela minha força de trabalho e que faz leis ridículas para eu respeitar.
o problema nunca são as coisas nas quais acredito, mas das quais eu desacreditei.
e como professora vale lembrar: em caso de greve, a Yeda (nossa Cruz) não aceita recuperação de aulas aos sábados, mas no caso da gripe a recuperação das aulas já está prevista para os sábados.
aliás, eu passei por uma terrível na semana passada.
é que eu não consigo acreditar que TUDO ISTO é o governo me protegendo.
eu acredito que possa ser tática para desviar atenção.
remédio encalhado.
e todas as alternativas do gênero.
proteção, pra mim, é coisa de mãe.
o governo (para mim) é aquele se interessa pelo meu voto, meu imposto, pela minha força de trabalho e que faz leis ridículas para eu respeitar.
o problema nunca são as coisas nas quais acredito, mas das quais eu desacreditei.
e como professora vale lembrar: em caso de greve, a Yeda (nossa Cruz) não aceita recuperação de aulas aos sábados, mas no caso da gripe a recuperação das aulas já está prevista para os sábados.
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