estes dias ele me mandou um mail dizendo que escrever era nobre.
e que eu tinha a sorte de gostar de escrever.
não, escrever não é uma escolha.
e nem sempre é bom.
mas escrever é o meu caminho (de flores e pedras) de chegar lá.
lá onde eu saio de mim e só assim posso ser eu mesma.
lá onde as coisas não se excluem, mas se dão as mãos.
lá onde tem um espelho, que reflete não a minha imagem, mas o meu imaginário.
lá onde todas as possibilidades me sorriem manso e não cansam de esperar pelo meu passo lento.
(se eu tivesse escolha, eu acho que eu não iria escrever... não dá dinheiro - e a gente também precisa do lado de cá -, dá trabalho... e para a dor desta lucidez não há remédio e nem cura.)
mas eu não fico pensando sobre isto.
eu vou escrevendo simplemente porque é o único jeito que eu sei ser.
e ser é simplesmente ser.
(e tantas vezes as pessoas que me fascinam não são as que se traduzem em palavras.
são aquelas que se fazem vida através do corpo, da roupa, do cheiro (ah, os cheiros!), da alegria, do som, da risada, da força, da comida, dos movimentos...)
sábado, 9 de fevereiro de 2008
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