aqui no interior nenhum padre some no mar, ninguém joga crianças pela janela, a terra não treme, não tem malária e nem dengue. as perebas dos hospitais não são divulgadas.
no interior as pessoas morrem de mofo.
morrem de ter que olhar de frente para si próprias na falta do outro.
morrem na falta da arte que faz a tragédia de cada vida respirar.
morrem na tentativa de ser cidade grande enquanto a mentalidade encolhe.
morrem na falta de sonho, que é onde deveria brotar a vida.
morrem na perfeição de cada flor plantada, que não condiz com o sonho mutilado.
morrem para manter um sobrenome, ou achar um.
morrem para comprar o que não podem, para tentar ser o que nunca serão.
no interior tanta coisa deveria brotar, mas apodrece.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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