terminei de lavar a louça do Natal.
já descobri o quanto engordei nestes dias de festas, feriado e final de semana conjugados.
ainda não sei onde vou virar o ano.
e não, não tenho nenhuma resolução de Ano Novo.
ando me concentarndo mesmo é para não desistir e virar bicho.
todos os dias antes de domir eu agredeço a deus por ter um ar condicionado e pelo papai noel ter me trazido a bografia da Clarice Lispector.
hoje quase fique feliz, olhei aquele saldão no banco - cheinho de décimo terceiro e estas coisas - mas, logo lembrei do IPVA e do IPTU.
(neste nosso sistema, tantas vezes a gente nem recebe salário, apenas repassa ele)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
amém
"Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
Clarice Lispector
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
Clarice Lispector
...
O Que Será ( À Flor da Pele)
Composição: Chico Buarque
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita...
O que será que será,
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite...
O que será que me dá,
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá,
O que não tem juízo...
Revolver / Filme
filme do fds: Revolver
eu gosto tanto quanto dá vontade de rever, quando há muitas possibilidades, quando não se comprrende tudo, quando há mais entrelinhas do que linhas...
algumas frases do filme (tiradas daqui: http://textosdedoris.blogspot.com/2009/01/eu-meu-inimigo.html)
- “O maior inimigo se esconderá onde você menos espera” (Julio César)
- “Você só se supera combatendo um oponente mais inteligente” (Fundamentos do Xadrez, 1883)
- “Quanto mais sofisticado o jogo, mais sofisticado o oponente” (autor desconhecido)
- “Você atira um osso para o cachorro e descobre suas fraquezas” (autor desconhecido)
- “Os amigos estão próximos, mas o inimigo está mais próximo” (“Estrada para o Suicídio”)
E dos psicólogos e filósofos consultados pelo autor-diretor, o Guy:
- “O ego é o pior dos trapaceiros que podemos imaginar, pois não o vemos”
- “O problema é que o ego se esconde onde você menos espera. Os pensamentos e sentimentos dele parecem ser os seus, você pensa que é você.”
- “A necessidade de proteger o ego não tem fronteiras, Ele mente, engana, rouba, mata, faz o que for preciso para manter o que chamamos de fronteiras do ego.”
- “As pessoas não sabem que estão presas, não sabem que há um ego. Desconhecem a diferença.”
- “É muito difícil para a mente aceitar que há algo além dela, algo mais valioso e mais capaz de discernir a verdade em si.”
- “Na religião, o ego se manifesta como o demônio. E claro, ninguém percebe o quanto o ego é esperto, pois ele criou o demônio para que você culpe outro.”
- “Não existe inimigo externo, não importa o que a voz lhe diga, toda percepção do inimigo é projeção do ego como inimigo. Nesse sentido, podemos dizer que 100% dos nossos inimigos, são criações nossas. Seu maior inimigo é a percepção interior, a sua própria ignorância, o seu próprio ego.”
das coisas que o Cris descobre na internet
sábado, 12 de dezembro de 2009
explosão natalina
meu espírito de natal não vai além da semelhança da minha barriga com a do Sr. Noel.
eis que eu, hoje, fui comprar refri para uma festinha de Natal.
e 3,3 litros de refri estouraram dentro do carro. (não, não estava quente e o refri não ficou balançando)
uma Pepsi de 3,3 litros melando tudo.
eram duas e uma estourou.
em casa analisei a outra: toda a embalagem comprometida, com pequenas quase rachaduras.
penso que enfiar 3,3 litros numa embalagem que foi projetada para 2 litros é um convite à explosão.
aliás, no mercado tinha vários refris (destes) com embalagens meladas, provavelmente resultado de outros estouros.
me sinto como a Pepsi: com carga além do que o corpo suporta e sim, se eu estourar, vai melar tudo e mais um pouco.
eis que eu, hoje, fui comprar refri para uma festinha de Natal.
e 3,3 litros de refri estouraram dentro do carro. (não, não estava quente e o refri não ficou balançando)
uma Pepsi de 3,3 litros melando tudo.
eram duas e uma estourou.
em casa analisei a outra: toda a embalagem comprometida, com pequenas quase rachaduras.
penso que enfiar 3,3 litros numa embalagem que foi projetada para 2 litros é um convite à explosão.
aliás, no mercado tinha vários refris (destes) com embalagens meladas, provavelmente resultado de outros estouros.
me sinto como a Pepsi: com carga além do que o corpo suporta e sim, se eu estourar, vai melar tudo e mais um pouco.
para onde caminha a humanidade
Juro que quando li a manchete, achei que "Tênis" fosse o esporte e não o calçado...
(Felizes eram aqueles que caminhavam pensando em chegar...)
(Artigo da Zero Hora)
Tênis promete definir pernas e bumbum com menos tempo de exercício
Você compraria um par de tênis que promete músculos mais definidos com menos tempo de exercícios? É o que prometem três marcas americanas, que lançaram seus modelos na esperança de conquistar mulheres que morrem de preguiça de malhar.
Segundo a Reebok, fabricante do EasyTone, o mais popular no mercado, o segredo dos novos lançamentos está na sola do tênis, que em vez de dar estabilidade tem o efeito contrário. Pequenas curvas e ondulações criam uma leve instabilidade, imperceptível para a usuária, que faz a musculatura trabalhar mais. A novidade foi criada por um ex-engenheiro da Nasa, que se inspirou nos exercícios com bolas que viraram febre nas academias.
Por ter se tornado um sucesso de vendas, a campanha maciça do EasyTone vem chamando a atenção de médicos americanos. Não há provas de que esse tipo de calçado realmente funcione, já que o principal estudo sobre o produto foi feito apenas com cinco pessoas e publicado em um único periódico acadêmico.
Nesta pesquisa, cinco mulheres fizeram esteira de três formas: com o EasyTone, com um tênis normal e descalças. O resultado mostra que o tênis com a sola instável aumentou o esforço dos músculos em 30%. Mas a médica Ellen J. Langer, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, veio a público afirmar que isto não signfica que o corpo ficaria mais torneado em menos tempo.
– Provavelmente, as consumidoras que perceberam estes resultados foram iludidas pela campanha de marketing gigantesca, ou simplesmente praticaram mais exercícios sem perceber por estarem felizes com o novo acessório – explicou ao jornal The New York Times.
É preciso ter cautela, já que o calçado é indicado apenas para caminhadas. Os próprios fabricantes alertam que o tênis pode causar dores ou machucar a coluna se for usado para correr ou em aulas com step ou jump.
(Felizes eram aqueles que caminhavam pensando em chegar...)
(Artigo da Zero Hora)
Tênis promete definir pernas e bumbum com menos tempo de exercício
Você compraria um par de tênis que promete músculos mais definidos com menos tempo de exercícios? É o que prometem três marcas americanas, que lançaram seus modelos na esperança de conquistar mulheres que morrem de preguiça de malhar.
Segundo a Reebok, fabricante do EasyTone, o mais popular no mercado, o segredo dos novos lançamentos está na sola do tênis, que em vez de dar estabilidade tem o efeito contrário. Pequenas curvas e ondulações criam uma leve instabilidade, imperceptível para a usuária, que faz a musculatura trabalhar mais. A novidade foi criada por um ex-engenheiro da Nasa, que se inspirou nos exercícios com bolas que viraram febre nas academias.
Por ter se tornado um sucesso de vendas, a campanha maciça do EasyTone vem chamando a atenção de médicos americanos. Não há provas de que esse tipo de calçado realmente funcione, já que o principal estudo sobre o produto foi feito apenas com cinco pessoas e publicado em um único periódico acadêmico.
Nesta pesquisa, cinco mulheres fizeram esteira de três formas: com o EasyTone, com um tênis normal e descalças. O resultado mostra que o tênis com a sola instável aumentou o esforço dos músculos em 30%. Mas a médica Ellen J. Langer, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, veio a público afirmar que isto não signfica que o corpo ficaria mais torneado em menos tempo.
– Provavelmente, as consumidoras que perceberam estes resultados foram iludidas pela campanha de marketing gigantesca, ou simplesmente praticaram mais exercícios sem perceber por estarem felizes com o novo acessório – explicou ao jornal The New York Times.
É preciso ter cautela, já que o calçado é indicado apenas para caminhadas. Os próprios fabricantes alertam que o tênis pode causar dores ou machucar a coluna se for usado para correr ou em aulas com step ou jump.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
a loucura supera a gordura
juro por todos os deuses e santos que ando indo religiosamente às aulas de hidroginástica para manter a saúde mental.
igual a quando a gente raspa o pote de um doce muiiito bom - a minha paciência acabou.
não restou nenhuma gota.
nem aroma.
e não, eu não desperdicei...
eu ando rezando para não me olharem duas vezes porque eu tenho medo de avançar.
eu respiro fundo e aquilo tudo que deveria vir - como a tranquilidade, a paciência e a fé - não me mandam nem lembranças de um mundo distante...
igual a quando a gente raspa o pote de um doce muiiito bom - a minha paciência acabou.
não restou nenhuma gota.
nem aroma.
e não, eu não desperdicei...
eu ando rezando para não me olharem duas vezes porque eu tenho medo de avançar.
eu respiro fundo e aquilo tudo que deveria vir - como a tranquilidade, a paciência e a fé - não me mandam nem lembranças de um mundo distante...
sábado, 5 de dezembro de 2009
das coisas que se perdem
têm aqueles que ficam sem dinheiro e fazem empréstimo.
aqueles que perdem o companheiro e arrumam outra pessoa.
os que perdem os óculos pendurado no pescoço.
as chaves (e esperam sentados na calçada).
o celular cheio de fotos.
a linha (e morrem de vergonha depois).
às vezes eu me perco de mim mesma.
(e não tem onde procurar)
aqueles que perdem o companheiro e arrumam outra pessoa.
os que perdem os óculos pendurado no pescoço.
as chaves (e esperam sentados na calçada).
o celular cheio de fotos.
a linha (e morrem de vergonha depois).
às vezes eu me perco de mim mesma.
(e não tem onde procurar)
dos trehos
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(Marina Colasanti - "Eu sei, mas não devia")
(Marina Colasanti - "Eu sei, mas não devia")
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
das hipóteses, condições e modéstias
e se aquela história das cadeirinhas no céu for verdade, eu devo ter um enorme sofá me esperando do lado de lá,...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
leitora ilustre
a minha mãe começou a ler este blog e disse que adorou.
mesmo sabendo que opinião de mãe sempre favorece, eu fiquei bem boba.
a minha mãe é a pessoa que mais acredita nesta vida.
a minha mãe fala horas no MSN, mas não usa e-mail.
a minha mãe podia abrir uma ONG, de tanto que cuida com a separação dos lixos e economiza água.
a minha mãe é daquelas que come fruta, linhaça, gelo de couve, verduras e peixe... TUDO e TODOS OS DIAS. (e para acompanhar bebe suco de fruta orgânico, até suco de graviola a minha bebe sem achar ruim)
então, pela genética, eu ainda tenho uma pequena esperança de chegar lá ("lá" neste lugar que eu nem sei o nome... mas, nem faz mal, minha mãe vai estar "lá" me esperando - se eu chegar)
mesmo sabendo que opinião de mãe sempre favorece, eu fiquei bem boba.
a minha mãe é a pessoa que mais acredita nesta vida.
a minha mãe fala horas no MSN, mas não usa e-mail.
a minha mãe podia abrir uma ONG, de tanto que cuida com a separação dos lixos e economiza água.
a minha mãe é daquelas que come fruta, linhaça, gelo de couve, verduras e peixe... TUDO e TODOS OS DIAS. (e para acompanhar bebe suco de fruta orgânico, até suco de graviola a minha bebe sem achar ruim)
então, pela genética, eu ainda tenho uma pequena esperança de chegar lá ("lá" neste lugar que eu nem sei o nome... mas, nem faz mal, minha mãe vai estar "lá" me esperando - se eu chegar)
constatações natalinas
não lembro direito como deixei de acreditar no Sr. Noel.
mas, por muito tempo me comovia os pais terem que ser até o Papai Noel de seus rebentos.
claro que depois descobri que ser Papai Noel é café pequeno para quem já é pai e mãe.
hoje li no jornal que na minha cidade estão roubando os enfeites natalinos das ruas.
me dei conta que mais difícil do que ser humana é conviver entre os humanos.
ho ho ho ho!
mas, por muito tempo me comovia os pais terem que ser até o Papai Noel de seus rebentos.
claro que depois descobri que ser Papai Noel é café pequeno para quem já é pai e mãe.
hoje li no jornal que na minha cidade estão roubando os enfeites natalinos das ruas.
me dei conta que mais difícil do que ser humana é conviver entre os humanos.
ho ho ho ho!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
não faço parte do mundo
Um estudo recente conduzido pela Universidade Federal de São Paulo mostrou que cada brasileiro caminha, em média, 1.440km por ano. Outro estudo feito pela Associação Médica Brasileira mostrou que, na média, o brasileiro toma 86 litros de cerveja por ano. Ou seja: o brasileiro faz 16,7km por litro.
Eu não faço parte desta contagem: não gosto de água, café, álcool, chimarrão e não posso beber coca-cola porque a minha mãe não desistiu de comprar a balança digital (até o fim do ano eu me peso pelada) e preciso parar de tomar clight porque o meu cérebro nunca foi uma brastemp e adoçantes artificias detonam as sinapses.
Então: sigo na desidratação...
Eu não faço parte desta contagem: não gosto de água, café, álcool, chimarrão e não posso beber coca-cola porque a minha mãe não desistiu de comprar a balança digital (até o fim do ano eu me peso pelada) e preciso parar de tomar clight porque o meu cérebro nunca foi uma brastemp e adoçantes artificias detonam as sinapses.
Então: sigo na desidratação...
domingo, 29 de novembro de 2009
da vida real
do picadeiro
Maggie Taylor (imagem)
Insegurança, s.f., é um circo onde somos tudo: equilibrista, palhaço, engolidor de facas, fera, domador, mulher barbada e trapezista. Só não somos dono do circo.
(A definição é lá do blog da Ticcia)
Sigo com um tanto de segurança e descrença porque sempre desconfio que o dono do circo é uma piada (sim, no mau sentido).
sábado, 28 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
o mundo é gratinado
hoje fui a Porto Alegre com a minha mãe.
depois do essencial, fomos ao shopping.
maravilha comprar roupa para a minha mãe: sabe aquela mulher em quem tudo fica bem, que tudo cai e fica elegante? é, minha mãe. (ser magra e malhada tem muitas vantagens... ôoo se tem! - ela compra um vestido na C&A e parece alta costura)
mas, o desespero foi na hora de lanchar.
minha mãe não come lactose e TUDO neste mundo tem queijo.
é ricota, é requeijão, queijo lanche, catupiry, mozzarella.
após passarmos toda a praça de alimentação com a pergunta fatal: tem alguma coisa sem queijo?
compramos um sanduíche no burger king e pagamos um real para que o queijo fosse retirado... (e estava ótimo!)
se a honestidade estivesse para o mundo como o queijo... eu estaria satisfeita!
depois do essencial, fomos ao shopping.
maravilha comprar roupa para a minha mãe: sabe aquela mulher em quem tudo fica bem, que tudo cai e fica elegante? é, minha mãe. (ser magra e malhada tem muitas vantagens... ôoo se tem! - ela compra um vestido na C&A e parece alta costura)
mas, o desespero foi na hora de lanchar.
minha mãe não come lactose e TUDO neste mundo tem queijo.
é ricota, é requeijão, queijo lanche, catupiry, mozzarella.
após passarmos toda a praça de alimentação com a pergunta fatal: tem alguma coisa sem queijo?
compramos um sanduíche no burger king e pagamos um real para que o queijo fosse retirado... (e estava ótimo!)
se a honestidade estivesse para o mundo como o queijo... eu estaria satisfeita!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
das previsões
eu continuo lavando a louça com a torneira aberta.
sigo reclamando do calor.
continuo adorando todas as chuvas e temporais.
às vezes falo mal dos outros.
quase sempre penso em me esconder no meio do mato.
tô tentando resistir à lactose, mas nunca resisto aos queijos.
todos os dias durmo com o cabelo molhado.
sempre eu passo sono.
mas, Papai Noel vai me trazer a biografia "da minha" Clarice Lispector e eu vou me salvar.
amém
sigo reclamando do calor.
continuo adorando todas as chuvas e temporais.
às vezes falo mal dos outros.
quase sempre penso em me esconder no meio do mato.
tô tentando resistir à lactose, mas nunca resisto aos queijos.
todos os dias durmo com o cabelo molhado.
sempre eu passo sono.
mas, Papai Noel vai me trazer a biografia "da minha" Clarice Lispector e eu vou me salvar.
amém
domingo, 15 de novembro de 2009
então, é natal!
papai noel.
não vou começar escrevendo sobre o meu comportamento, até porque a justiça sempre é burocrática e demorada. (e a paciência anda me fazendo uma falta danada)
li estes dias no jornal um manual sobre como ser um bom papai noel. e percebi que nunca encontrei um bom papai noel (a começar pelo abraço cheiroso)...
se nem papai noel segue o manual... eu me sinto timidamente perdoada pelo meu comportamento.
não, não acho que é cedo.
o senhor não faz idéia do quanto preciso de férias.
o melhor do natal pra mim sempre são as férias que seguem depois.
então vamos lá.
pro ano que vem eu preciso de coisas bem básicas.
- mais silêncio
- mais paciência
- mais horas de sono
- menos lides domésticas
- menos dias de calor e frio intensos (por volta dos 20 graus eu sempre sou uma menina melhor)
- menos cabelos brancos
- mais dinheiro
- mais feriados
- menos rinite
- menos 7 kgs
- milhares de hora de ócio
- 754 pacotes de clight sabor abacaxi com hortelã
- 53 bombons ouro branco
- encontrar mais pessoas nas quais consigo me encontrar
- 1 par de havaiannas pretas - eu comprei um par branco e amarelou
- 1 par de tênis preto
- 1 par de tênis branco
- 1 vestido que não pareça um capa de liquidificador
- 1 perfume masculino
- 1 perfume feminino
(eu gosto de perfume, mas não tenho muito jeito com eles)
clarice lispector (hoje e sempre)
de repente eu me vi e vi o mundo. e entendi: o mundo é dos outros. nunca meu.
por medo da loucura renunciei a verdade. minha idéias são inventadas. eu não me responsabilizo por elas. e o mais engraçado é que nunca aprendi a viver. só sei ir vivendo. eu tenho medo do ótimo. sempre que fica ótimo eu dou um passo para trás.
in: um sopro de vida (pulsações)
por medo da loucura renunciei a verdade. minha idéias são inventadas. eu não me responsabilizo por elas. e o mais engraçado é que nunca aprendi a viver. só sei ir vivendo. eu tenho medo do ótimo. sempre que fica ótimo eu dou um passo para trás.
in: um sopro de vida (pulsações)
vez em quando
vez em quando eu sonho que vôo.
vez em quando eu sonho que posso nadar pelas ruas ao invés de caminhar.
vez em quando eu sonho que sou agressiva com quem não gosto.
vez em quando eu sonho que como umas coisas deliciosas e quando acordo acho graça de não ter ingerido nenhuma caloria.
vez em quando eu sonho que entro nas cenas dos meus filmes preferidos.
vez em quando não é bom acordar.
vez em quando eu quase entendo porque tenho mais cabelos brancos de um lado da cabeça.
vez em quando alguém pede pelo silêncio que ando precisando.
vez em quando é sem ritmo e sem vez, feito eu.
vez em quando eu sonho que posso nadar pelas ruas ao invés de caminhar.
vez em quando eu sonho que sou agressiva com quem não gosto.
vez em quando eu sonho que como umas coisas deliciosas e quando acordo acho graça de não ter ingerido nenhuma caloria.
vez em quando eu sonho que entro nas cenas dos meus filmes preferidos.
vez em quando não é bom acordar.
vez em quando eu quase entendo porque tenho mais cabelos brancos de um lado da cabeça.
vez em quando alguém pede pelo silêncio que ando precisando.
vez em quando é sem ritmo e sem vez, feito eu.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
sempre tem alguém que sabe o que é melhor pra mim!
"pele muita clara que fica vermelha e nunca bronzeia", é assim que o protetor solar define a minha pele.
as camas de bronzeamento artificial eram a minha única chance de não reluzir de tão branca no verão.
a minha única chance de não precisar passar protetor solar (sem esquecer das orelhas e dos pés) para ir tomar um picolé na esquina.
minha única chance de não tomar um torraço e perder dias e dias de verão.
na cama de bronze eu sempre sabia a medida, já com o buraco da camada de ozônio o furo é bem mais embaixo.
mas, o que mais me incomoda é a proibição.
além de sempre ter alguém que sabe o que é melhor para mim, eu não tenho nem mais o direito de não querer este melhor.
(diga-se de passagem que eu sei que são poucas pessoas que realmente desejam o melhor para mim. é aquela coisa do encalhe de tamiflu e o governo se preocupar com a gripe do porco...)
sem falar que o melhor da ciência é mais efêmero do que um bronzeado. desde que eu nasci (e eu ainda nem pinto os cabelos) a carne de porco e os ovos de galinha já foram diversas vezes vilões e herois na nossa alimentação.
e o cigarro?
já foi comprovado que só faz mal e ninguém proíbe.
é, as fumageiras rendem aos cofres públicos.
o governo sempre define o que é melhor para mim de acordo com o que rende mais para ele (ou alguém protegido por ele).
e se eu morrer de câncer, a culpada maior não será apenas a cama de bronzeamento...
mas, o peso de cada ideal desacreditado.
a revolta dos meus impostos nunca sendo revertidos para suprir os meus direitos básicos.
o esforço que eu faço para pagar plano de saúde particular, seguro do carro particular, seguro da casa particular...
simplesmente porque eu sei que o melhor para mim é não mais acreditar que na estrada há aqueles que sabem o que é melhor para mim (estrada esta que nunca está em boas condições, apesar do IPVA e de tantos pedágios...).
as camas de bronzeamento artificial eram a minha única chance de não reluzir de tão branca no verão.
a minha única chance de não precisar passar protetor solar (sem esquecer das orelhas e dos pés) para ir tomar um picolé na esquina.
minha única chance de não tomar um torraço e perder dias e dias de verão.
na cama de bronze eu sempre sabia a medida, já com o buraco da camada de ozônio o furo é bem mais embaixo.
mas, o que mais me incomoda é a proibição.
além de sempre ter alguém que sabe o que é melhor para mim, eu não tenho nem mais o direito de não querer este melhor.
(diga-se de passagem que eu sei que são poucas pessoas que realmente desejam o melhor para mim. é aquela coisa do encalhe de tamiflu e o governo se preocupar com a gripe do porco...)
sem falar que o melhor da ciência é mais efêmero do que um bronzeado. desde que eu nasci (e eu ainda nem pinto os cabelos) a carne de porco e os ovos de galinha já foram diversas vezes vilões e herois na nossa alimentação.
e o cigarro?
já foi comprovado que só faz mal e ninguém proíbe.
é, as fumageiras rendem aos cofres públicos.
o governo sempre define o que é melhor para mim de acordo com o que rende mais para ele (ou alguém protegido por ele).
e se eu morrer de câncer, a culpada maior não será apenas a cama de bronzeamento...
mas, o peso de cada ideal desacreditado.
a revolta dos meus impostos nunca sendo revertidos para suprir os meus direitos básicos.
o esforço que eu faço para pagar plano de saúde particular, seguro do carro particular, seguro da casa particular...
simplesmente porque eu sei que o melhor para mim é não mais acreditar que na estrada há aqueles que sabem o que é melhor para mim (estrada esta que nunca está em boas condições, apesar do IPVA e de tantos pedágios...).
domingo, 8 de novembro de 2009
das citações
"O pecado não me constrange, o que me constrange é explicá-lo”
“Literatura é educar para o avesso. Quando educa para o conhecido, já é sermão”
“Tire também a roupa de suas palavras”
“O poema é uma profecia fracassada: valoriza o que não aconteceu”
“O tédio é uma tristeza que não sonha”
“O Twitter é um torpedo que a gente manda a si mesmo. E vai respondendo”
CARPINEJAR
“Literatura é educar para o avesso. Quando educa para o conhecido, já é sermão”
“Tire também a roupa de suas palavras”
“O poema é uma profecia fracassada: valoriza o que não aconteceu”
“O tédio é uma tristeza que não sonha”
“O Twitter é um torpedo que a gente manda a si mesmo. E vai respondendo”
CARPINEJAR
sábado, 7 de novembro de 2009
das (não) motivações
salto alto é fora do meu universo.
é daquelas coisas que eu não entendo e não uso.
claro que eu já usei, mas só quando muito necessário.
e nas raras vezes eu preciso saber que há possibilidade de sentar e tirar o sapato embaixo da mesa.
então, esta ilustração é pra eu mesma aceitar que eu tenho TODOS os motivos...
das coisas que eu não consigo
eu li "sobreviventes".
eu li um outro que não lembro o título, um psicólogo num campo de concentração.
o Cris está lendo "fome", e o personagem já passou 4 dias sem comer, até já mordeu o dedo para chupar um tanto de sangue.
eu sei que dá para sobreviver com 500 calorias por dia.
mas pra mim, um dia com menos de 1700 calorias simplesmente não existe.
eu li um outro que não lembro o título, um psicólogo num campo de concentração.
o Cris está lendo "fome", e o personagem já passou 4 dias sem comer, até já mordeu o dedo para chupar um tanto de sangue.
eu sei que dá para sobreviver com 500 calorias por dia.
mas pra mim, um dia com menos de 1700 calorias simplesmente não existe.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sem idade
nunca achei que o ato de votar fosse um ato de liberdade, mas sim de ilusão.
faz poucos dias que descobri que os alunos da rede pública votam na eleição da Direção de sua escola a partir dos 12 anos de idade.
não acho crucial eles não saberem votar.
aliás, faz anos que os maiores de 18 anos votam e só fazem merda.
mas, eu acho um pouco cedo para começar a desacreditar.
faz poucos dias que descobri que os alunos da rede pública votam na eleição da Direção de sua escola a partir dos 12 anos de idade.
não acho crucial eles não saberem votar.
aliás, faz anos que os maiores de 18 anos votam e só fazem merda.
mas, eu acho um pouco cedo para começar a desacreditar.
revendo conceitos
liberdade não é uma calça jeans velha e desbotada.
para mim uma calça jeans é a missão de ocultar o cofre (branco) o dia todo.
sem falar que quando a gente lava ela dá aquela encolhida básica que quase obriga a gente a pular de cima do guarda-roupa para conseguir habitar aquele espaço.
espaço este que a cada pouco fica menor. (é, as confecções não respeitam as numerações)
liberdade - que me perdoem os saudosistas - é uma calça de suplex um número maior.
para mim uma calça jeans é a missão de ocultar o cofre (branco) o dia todo.
sem falar que quando a gente lava ela dá aquela encolhida básica que quase obriga a gente a pular de cima do guarda-roupa para conseguir habitar aquele espaço.
espaço este que a cada pouco fica menor. (é, as confecções não respeitam as numerações)
liberdade - que me perdoem os saudosistas - é uma calça de suplex um número maior.
o peso da vida real 2
então, chegou a balança digital da minha mãe.
mas, (o "mas" pode ser feliz!) ela acabou comprando uma balancinha de pesar gramas - sem querer -. (crédo, eu fico pensando o quanto pode o pensamento desesperado de uma gorda)
logo, não foi desta vez que eu me pesei pelada.
contudo, ela não desistiu da compra e eu não poderei desistir das alfaces.
se o pior da vida real é que ela pode ficar ainda mais real, o melhor é que não tem hora certa para isto acontecer.
e viva a minha mãe!
(minha mãe é uma das poucas coisas vitalícias da minha vida, o resto são fases e quilos que não querem me abandonar..)
mas, (o "mas" pode ser feliz!) ela acabou comprando uma balancinha de pesar gramas - sem querer -. (crédo, eu fico pensando o quanto pode o pensamento desesperado de uma gorda)
logo, não foi desta vez que eu me pesei pelada.
contudo, ela não desistiu da compra e eu não poderei desistir das alfaces.
se o pior da vida real é que ela pode ficar ainda mais real, o melhor é que não tem hora certa para isto acontecer.
e viva a minha mãe!
(minha mãe é uma das poucas coisas vitalícias da minha vida, o resto são fases e quilos que não querem me abandonar..)
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
o peso da vida real
é mais ou menos assim:
quando o tênis fica confortável, aparece um furo.
quando a calça jeans assume teus contornos já está desbotada.
quando a gente descobre todos as funções do celular está na hora de trocar
quando a gente se conforma, surge uma oportunidade.
mas, a coisa sempre pode ficar pior.
minha mãe vai comprar uma balança digital.
se olhar pelada no espelho do banheiro já é uma missão.
agora imagina se olhar e confirmar tudo na balança.
fazer as necessidades, então, é uma questão de honra: se pesar antes e depois.
e nada mais daquela coisa de dizer que pesou tanto, mas tanto era de roupa ou sapato.
o pior da vida real é que ela sempre pode ficar mais real.
mas (nem sempre o "mas" é ruim), eu nem moro com a minha mãe e nem sou uma maria mijona.
quando o tênis fica confortável, aparece um furo.
quando a calça jeans assume teus contornos já está desbotada.
quando a gente descobre todos as funções do celular está na hora de trocar
quando a gente se conforma, surge uma oportunidade.
mas, a coisa sempre pode ficar pior.
minha mãe vai comprar uma balança digital.
se olhar pelada no espelho do banheiro já é uma missão.
agora imagina se olhar e confirmar tudo na balança.
fazer as necessidades, então, é uma questão de honra: se pesar antes e depois.
e nada mais daquela coisa de dizer que pesou tanto, mas tanto era de roupa ou sapato.
o pior da vida real é que ela sempre pode ficar mais real.
mas (nem sempre o "mas" é ruim), eu nem moro com a minha mãe e nem sou uma maria mijona.
domingo, 18 de outubro de 2009
corrida contra o tempo
a corrida conta o tempo é meu esporte mais praticado e odiado. e aquele que mais me engorda.
daí, eu tenho um sonho bom e me demoro uns minutos a mais na cama e é aquilo de ter que colocar a escova de dentes na bolsa e ajeitar os cabelos no carro.
a hora do almoço é sempre a hora da escolha: ou eu troco de roupa, ou almoço, ou vou ao banco, ou vejo minha mãe por uns segundos. sempre na hora do almoço eu preciso abortar alguma vontade.
daí, eu compro um creme que promete reter o tempo e me pipoco de alergias.
mas, como desgraça pouca é bobagem: eis que surge o horário de verão. meses passando sono, almoçando sem fome e dormindo com sol.
o tempo é aquele que me faz correr sem nunca chegar. aquele que ri muitas vezes de mim e poucas vezes comigo. aquele que me assusta no espelho. aquele que sabe tudo, mas compartilha pouco comigo.
Temos muito tempo... Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos... O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos.
A verdade é que não temos muito tempo.
Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver... sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido.
(Paulo Geraldo)
"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito." (Clarice Lispector)
das citações
"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sonho de consumo, cada um tem o seu
vou te dizer, além de todos os constrangimentos que já se sabe, estar além do peso ideal dá um trabalho desgraçado.
juro que eu queria saber congelar alface.
lavar, secar e guardar alface dia sim e outro também sim... me piora significativamente a vida doméstica - que já é um dos meus fracos.
juro que eu queria saber congelar alface.
lavar, secar e guardar alface dia sim e outro também sim... me piora significativamente a vida doméstica - que já é um dos meus fracos.
domingo, 11 de outubro de 2009
das ecologias
há uns 10 anos atrás, eu trazia para casa TODOS os panfletos que eram distribuídos: de carro, de boate, de cartomante, de político, de promoção.
algum dia alguém me contou que as pessoas que entregam panfletos só tem o expediente encerrado quando estes terminam.
mas, de uns tempos pra cá, eu desvio, eu fecho a janela do carro, agradeço e passo reto.
é, não pego nem aqueles que me interessam.
um panfleto consegue alterar o peso da minha culpa diária de produzir lixo.
algum dia alguém me contou que as pessoas que entregam panfletos só tem o expediente encerrado quando estes terminam.
mas, de uns tempos pra cá, eu desvio, eu fecho a janela do carro, agradeço e passo reto.
é, não pego nem aqueles que me interessam.
um panfleto consegue alterar o peso da minha culpa diária de produzir lixo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
me falta fôlego...
eu li a biografia do Paulo Coelho e estou fazendo uma oficina literária com o Hermes Bernardi Jr.
e vou te dizer: viver de literatura é mais que percorrer o Caminho de Santiago!
eu sei que gosto de escrever, mas tenho certeza de que não sou uma escritora:
detesto microfone
não sei fazer performance
não toco violão
não tenho palco e nem sei montar um
não sei me fantasiar
não tenho tempo para esmolar ou divulgar
não acho justo pagar para publicar
acho menos justo ainda pagar ilustrador, edição e mais publicação.
é, eu sou uma pessoa que tem rinite, me falta fôlego!
e vou te dizer: viver de literatura é mais que percorrer o Caminho de Santiago!
eu sei que gosto de escrever, mas tenho certeza de que não sou uma escritora:
detesto microfone
não sei fazer performance
não toco violão
não tenho palco e nem sei montar um
não sei me fantasiar
não tenho tempo para esmolar ou divulgar
não acho justo pagar para publicar
acho menos justo ainda pagar ilustrador, edição e mais publicação.
é, eu sou uma pessoa que tem rinite, me falta fôlego!
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
das citações - Palavra Aguda
Nada é original. Apropria-te de tudo o que te enche de inspiração ou estimula a tua imaginação. Devora sem distinção filmes velhos e filmes novos, músicas, livros, quadros, fotografias, poemas, sonhos, conversas ouvidas por acaso, arquitetura, sinaléctica urbana, árvores, nuvens, movimentos de água, sombras e luz. Rouba apenas as coisas que falem diretamente ao teu coração. Se agires assim, a tua criação (tal como o teu fruto) será autêntica. A autenticidade é inestimável; a originalidade uma quimera. E não tentes dissimular o que pediste emprestado – reivindica-o se for teu desejo. Dê por onde der, lembra-te sempre do que disse Jean-Luc Godard: “O importante não é onde se apanha as coisas – é até onde se as leva”.
Jim Jarmusch
Jim Jarmusch
Olimpíadas de 2016
desde que foi divulgado que vai ser no Rio, tem gente que não pára mais de reclamar... por que não investem em saúde? por que não investem em educação? com tanta gente passando fome... e a violência?
pra mim, se a grana não for desviada (mais uma vez e como sempre) já superou TODAS as minhas expectativas!
(e olha que esporte é um dos meus pontos mais fracos)
pra mim, se a grana não for desviada (mais uma vez e como sempre) já superou TODAS as minhas expectativas!
(e olha que esporte é um dos meus pontos mais fracos)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
nenhumas das alternativas
eu não acho que o caso do ENEM prejudique os estudantes.
eu não acho que vá adiantar nada refazer, porque de tanta comprovação, eu não acredito mais que o nosso governo consiga não se corromper.
a minha alternativa correta é que eu me sinto cada vez mais palhaça sem achar a mínima graça.
eu fico imaginado que tudo vai acabar em pizza.
eu fico imaginado as toneladas de papéis impressas para estas provas que foram literalmente para o lixo. (e eu, palhaça, tentando ser ecologicamente correta)
eu fico imaginando a fortuna que eu pago de imposto, mais uma vez sendo posta fora. (e eu palhaça fazendo declaração de imposto de renda)
e ainda por cima, o voto obrigatório.
obrigatório deveria usar um nariz de palhaço, quem sabe assim eu acharia graça neste circo todo que sobrevive as minhas custas.
eu não acho que vá adiantar nada refazer, porque de tanta comprovação, eu não acredito mais que o nosso governo consiga não se corromper.
a minha alternativa correta é que eu me sinto cada vez mais palhaça sem achar a mínima graça.
eu fico imaginado que tudo vai acabar em pizza.
eu fico imaginado as toneladas de papéis impressas para estas provas que foram literalmente para o lixo. (e eu, palhaça, tentando ser ecologicamente correta)
eu fico imaginando a fortuna que eu pago de imposto, mais uma vez sendo posta fora. (e eu palhaça fazendo declaração de imposto de renda)
e ainda por cima, o voto obrigatório.
obrigatório deveria usar um nariz de palhaço, quem sabe assim eu acharia graça neste circo todo que sobrevive as minhas custas.
domingo, 27 de setembro de 2009
da vida real
e eu que achava que deprimente era comprar a revista "caras", mas só até assistir à novela das oito...
nem sei o que me deprime mais: o quanto elas são amadas, lindas, viajadas ou ricas.
nem sei o que me deprime mais: o quanto elas são amadas, lindas, viajadas ou ricas.
domingo, 20 de setembro de 2009
Dízimo bem investido é outra coisa!
sábado, 19 de setembro de 2009
das citações
Richard Sennet definiu a cidade como “um assentamento humano em que estranhos têm a chance de se encontrar”. Comentando-a, Bauman diz que “isso significa que estranhos têm chance de encontrar em sua condição de estranhos… um encontro de estranhos é diferente de encontros de parentes, amigos ou conhecidos –parece, por comparação, um desencontro…o único apoio com que estranhos que se encontram podem contar deverá ser um tecido do fio fino e solto de sua aparência, palavras e gestos…” Isso gera a etiqueta da civilidade. Voltando a Sennet, ele nos diz que ela “tem como objetivo proteger os outros de serem sobrecarregados com nosso peso”.
(http://armonte.wordpress.com/2009/09/09/leitura-da-semana-apos-o-anoitecer-de-haruki-murakami/)
(http://armonte.wordpress.com/2009/09/09/leitura-da-semana-apos-o-anoitecer-de-haruki-murakami/)
das modernidades
estes dias eu escutei ou li algo mais ou menos assim: eu tenho que casar logo, para logo poder me separar e ser feliz.
tem coisas que viram ritos de passagem, antes era o casamento, agora é a separação.
tem coisas que viram ritos de passagem, antes era o casamento, agora é a separação.
33 anos
sempre mais grisalha... (e resistindo à pintura)
(e como meu cabelos são bem pretos. os brancos reluzem!)
às vezes eu até acho que uma vida é pouco, outras vezes penso que se existisse a possibilidade eu não queria nunca mais voltar...
é triste as coisas que a gente deixa e perde pelo caminho, incluindo a gente mesma, mas é legal as coisas que a gente ganha, incluindo todas as pessoas... e muitos momentos...
mas, acredito que estou melhorando: agora eu faço até café na minha casa para a minha mãe e não vou mais a restaurantes comemorar. eu abro a casa para aqueles que me são sempre morada.
(claro, é o Cris que cozinha e ajuda a lavar a louça...)
(e como meu cabelos são bem pretos. os brancos reluzem!)
às vezes eu até acho que uma vida é pouco, outras vezes penso que se existisse a possibilidade eu não queria nunca mais voltar...
é triste as coisas que a gente deixa e perde pelo caminho, incluindo a gente mesma, mas é legal as coisas que a gente ganha, incluindo todas as pessoas... e muitos momentos...
mas, acredito que estou melhorando: agora eu faço até café na minha casa para a minha mãe e não vou mais a restaurantes comemorar. eu abro a casa para aqueles que me são sempre morada.
(claro, é o Cris que cozinha e ajuda a lavar a louça...)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
da pré-história
quando eu era pequena, fotos a gente tirava nas datas.
fazia pose. gastava para revelar. e às vezes a gente saia feito um fantasma ou tudo ficava cor de rosa. tinha até aquilo do filme queimar. tinha também aquilo de tantas poses, pensar para não tirar foto de bobagem e gastar poses em vão. quando meu pai trazia as fotos reveladas, era sempre uma surpresa, pois ninguém tinha como ver as fotos antes... ver fotos reveladas era um evento caro e bonito.
foto da turma, eram aquelas de final de ano.
agora, bom, agora cada piscada é um flash!
e por incrível que pareça, se revela muito menos.
mas, para mim, uma dinossaura, o pior é ver tanta gente esquecendo de viver os momentos para fotografá-los.
tem gente - que nas festas - mais tira foto que dança.
em restaurante tem gente que mais tira foto do que come.
literalmente tem gente guardando (fotografando) memórias daquilo que nem viveu preocupado com a pose da foto...
fazia pose. gastava para revelar. e às vezes a gente saia feito um fantasma ou tudo ficava cor de rosa. tinha até aquilo do filme queimar. tinha também aquilo de tantas poses, pensar para não tirar foto de bobagem e gastar poses em vão. quando meu pai trazia as fotos reveladas, era sempre uma surpresa, pois ninguém tinha como ver as fotos antes... ver fotos reveladas era um evento caro e bonito.
foto da turma, eram aquelas de final de ano.
agora, bom, agora cada piscada é um flash!
e por incrível que pareça, se revela muito menos.
mas, para mim, uma dinossaura, o pior é ver tanta gente esquecendo de viver os momentos para fotografá-los.
tem gente - que nas festas - mais tira foto que dança.
em restaurante tem gente que mais tira foto do que come.
literalmente tem gente guardando (fotografando) memórias daquilo que nem viveu preocupado com a pose da foto...
domingo, 13 de setembro de 2009
um dia eu chego lá
(também do Palavra Aguda)
Saber ver necessita saber pensar o que se vê. Saber ver implica portanto saber pensar, como saber pensar implica saber ver. Saber pensar não é algo que se obtenha por técnica, receita ou método. Saber pensar não é apenas aplicar a lógica e a verificação aos dados da experiência. Isso supõe também saber organizar os dados da experiência. Precisamos portanto de compreender que regras, que princípios comandam o pensamento que nos permite organizar o real, isto é, seleccionar / privilegiar certos dados e eliminar / subalternizar outros. Precisamos de adivinhar a que pulsões obscuras, a que necessidades do nosso ser, a que idiossincrasia do nosso espírito obedece ou responde o que temos por verdade. Numa palavra, saber pensar significa indissociavelmente saber pensar o seu pensamento. Necessitamos de nos pensar pensando, de nos conhecer conhecendo. Essa é a exigência reflexiva fundamental, que não é tão-só a do filósofo profissional, que não deveria estender-se apenas ao cientista, mas que deve ser a de cada um e de todos.
Edgar Morin, “As grandes questões do nosso tempo”, trad. adelino dos santos rodrigues, Editorial Notícias, 1994.
das citações
Há um limite para se ser profundo. Há um limite para se ser subtil. Há um limite para se ser bom observador. Nós temos de nos mover num mundo de limites para a viabilidade de se ser. O limite da profundeza é a escuridão. O da observação é o do microscópio electrónico. Mas tudo no homem é assim. Para lá de certos limites é a confusão, a gratuidade, a loucura. Assim o grande amor se reconhece na morte ou o excesso da razão na confusão ou sofisma ou absurdo ou impensável ou gratuito. Todo o excessivo no homem é desumano ou degenerescência ou vazio. Mas que há de grande no homem senão o excesso de si? E é decerto aí que mora Deus. Ou mais para lá.
Vergílio ferreira, Escrever, Bertrand Editora, 2001.
Palavra Aguda
Vergílio ferreira, Escrever, Bertrand Editora, 2001.
Palavra Aguda
naufragando
das coisas que eu faço (sem querer)
eu espirro quando todos estão em silêncio
eu penso alto e quem não deveria escutar, escuta
eu troco as letras quando menos poderia
eu acordo no meio da noite achando que estou atrasada
eu acho graça quando não deveria
eu não acho graça quando todos riem
eu piso e fico grudada em todos os chiclés que estão no chão
eu não resisto a chocolate
eu fico constrangida pelos outros
eu esqueço o celular desligado
eu prefiro escrever do que falar
eu releio livros, mesmo com tantos novos me esperando
eu compro livros que eu já li e alguns que eu não vou ler
e sigo atropelando a mim mesma para não perder a hora.
eu penso alto e quem não deveria escutar, escuta
eu troco as letras quando menos poderia
eu acordo no meio da noite achando que estou atrasada
eu acho graça quando não deveria
eu não acho graça quando todos riem
eu piso e fico grudada em todos os chiclés que estão no chão
eu não resisto a chocolate
eu fico constrangida pelos outros
eu esqueço o celular desligado
eu prefiro escrever do que falar
eu releio livros, mesmo com tantos novos me esperando
eu compro livros que eu já li e alguns que eu não vou ler
e sigo atropelando a mim mesma para não perder a hora.
quem é escritor?
Desde sempre eu gostei de escrever.
Desde sempre foi uma bomba, sempre sobrou para mim os mais diversos cartões, cartas, ofícios, atas, regulamentos, etc.
Desde novinha eu me arrisquei nestes concursos de frases e embalagens e eu ganhei muitas coisas bizarras (engradado de Fruki, caixa de picolé da Sorvebom, exame médico completo, curso de informática...) e até um computador do Beto Carrero.
Mas, minha carreira literária não passou de frases premiadas.
Foi eu decidir participar destes concursos literários que têm por aí que nunca mais a sorte apareceu nas minhas letras.
Não, eu não acho que eu sou uma escritora.
Eu sou só alguém que escreve para não morrer de vez, para poder arrotar um pouco dos sapos que ando engolindo. Acredito que escrever não torna alguém melhor (eu muitas vezes me acho até pior, por fugir pelas palavras e não encarar a vida mais de frente... é, muitas vezes é através das palavras que eu enfio as mãos na merda sem feder os meus dedos, as palavras muitas vezes são as unhas poderosas que eu não tenho paciência de cultivar nos dedos que insistem nas teclas ...) Mas, escrever é apenas uma forma de fugir e chegar a si mesmo... e habitar alguns poucos, como tantas outras: sexo, religião, música, esporte, ...
Aliás, agora cada vez que tem estes concursos eu fico me perguntando, mas quem é um escritor? Escrever, qualquer criança de 7 anos escreve. Viver da escrita não chega a ser um entre cem mil. Na pesca, na fotografia, no ciclismo... tantas vezes é o instrumento que diferencia... mas, o Quintana não escrevia de lápis de escrever apontado com navalha?
Ser escritor também não é ter um livro publicado, porque uma publicação não é um rito de passagem: é apenas ter um padrinho ou condições finaceiras de bancar as suas próprias palavras.
Acredito que ser um escritor, é antes de tudo ser um leitor, ler de uma forma diferente e sensível tudo isto que nos cerca e saber traduzir este prisma, saber abrir (ou seria fechar?) nossos conceitos. Escrever é uma forma de (des)construir, até mesmo de esquecer a palavra para alcançar o invisível.
Não, não acho que eu mereça algum prêmio. Também não acho que Chico Buarque precise de incentivo cultural. Não acho que um mesmo escritor precise ser premiado tantas vezes seguidas, já que os incentivos e concursos são para "descobrir" e incentivar os anônimos.
Aliás, nas escrivinhações de quem não é amiga do rei, já é suficientemente satisfatório o oxigênio das entrelinhas.
E mesmo todos os concursos me dizendo que eu não deveria passar da primeira linha, eu não consigo calar a boca...
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
das citações, por Bonnie
Num dia o seu futuro é sólido, no dia seguinte ele é líquido, e nos momentos em que você ferve, ele é quase vapor. E assim você vai em frente (ou em círculos, vai saber), com desejos tão mutáveis e certezas tão fugazes, correndo de um lado pro outro como uma barata tonta.
Será que um dia passa?
http://meaventurar.blogspot.com/
Será que um dia passa?
http://meaventurar.blogspot.com/
da série: coisas que assisti e recomendo
o filme "estômago".
não, não é preciso muito estômago.
é preciso apenas olhar para dentro e rever um pouco de tudo que a gente é.
de tudo que a gente não foge.
não posso mais com gente caindo de tanta pose.
preciso é da força daqueles que apenas são quem são e justamente por isto vão além de si mesmos e de tantos outros.
chega de modelos e de heróis, ver alguém que me lê é um tamanho bom demais pra mim. um manequim que não precisa nem de bainha.
eu também tenho fome. e não só de comida. mas da vida que é, e não daquela que apenas faz de conta.
eu me interesso pelos botecos onde a vida acontece...
não, não é preciso muito estômago.
é preciso apenas olhar para dentro e rever um pouco de tudo que a gente é.
de tudo que a gente não foge.
não posso mais com gente caindo de tanta pose.
preciso é da força daqueles que apenas são quem são e justamente por isto vão além de si mesmos e de tantos outros.
chega de modelos e de heróis, ver alguém que me lê é um tamanho bom demais pra mim. um manequim que não precisa nem de bainha.
eu também tenho fome. e não só de comida. mas da vida que é, e não daquela que apenas faz de conta.
eu me interesso pelos botecos onde a vida acontece...
domingo, 30 de agosto de 2009
das citações - Palavra Aguda
Para uso diário.
Se a vida não fosse tão insubstituível
talvez ousássemos utilizá-la.
Porém arrumamo-la na prateleira
como um vistoso par de sapatos
que é bonito de se ver
mas não para uso diário.
Assim, continuamos por aí sentados
numa expectativa descalça.
Margareta Ekström, “To catch Life Anew – 10 swedish women poets” (tradução do sueco de Eva Claeson), Oyster River (Durham, New Hampshire, 2006).
Se a vida não fosse tão insubstituível
talvez ousássemos utilizá-la.
Porém arrumamo-la na prateleira
como um vistoso par de sapatos
que é bonito de se ver
mas não para uso diário.
Assim, continuamos por aí sentados
numa expectativa descalça.
Margareta Ekström, “To catch Life Anew – 10 swedish women poets” (tradução do sueco de Eva Claeson), Oyster River (Durham, New Hampshire, 2006).
Leminski
Incenso fosse música
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além.
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além.
sábado, 29 de agosto de 2009
Coisinhas que me intrigam
Me intrigam todos aqueles que dizem: "pára (é, sou do time da ortografia antiga) pra pensar."
Eu nunca parei para pensar: eu sempre pensei andando, comendo, caminhando, dando aula, escrevendo, no banheiro, lavando a louça...
Aliás, eu penso quando menos deveria.
Penso muito mais que o recomendável.
Se eu tivesse opção de não pensar, se eu precisasse parar para pensar, acho que virava atleta de maratona. Porque vamos e venhamos sem nunca sair do lugar, é o ato de pensar que tantas vezes acaba com tudo.
Acho que é de tanto pensar que os numeruzinhos da minha vida (com exceção da balança) continuam tão mirrados: nenhum filho, nenhuma plástica, 1º casamento, nenhuma passagem policial, nenhum prêmio na loteria, ...
Me intriga também a paciência do marido da Maya da novela. A pobre tá desidratada de tanto chorar e ele lá: sempre lindo e amável. (Ticket! - um dia descubro o que quer dizer isto!)
Me intriga a tal sacola de pano. E daí, onde vou colocar o meu lixinho de todo dia se não na sacolinha do mercado? O saco de lixo comprado, não é de plástico também? (Sem falar que o saco de lixo que o mercado vende é de milhões de litros. Dá até para matar o marido e despachar pelo caminhão do lixo.)
Me intriga a minha falta de projeção climática: foi eu investir em casacos que o verão começou.
Me intrigam os botecos que não têm Banricompras.
Me intrigam as pessoas que votam e acreditam.
Me intrigam as mulheres que ficam em cima de um salto agulha por mais de uma hora, com tanta coisa que uma pessoa já passa na vida...
Me intriga esta moda Saruel. Além de mais gordas, as mulheres parecem cagadas...
E vou te contar: no dia em que uma mulher acha uma SOBRANCELHA branca, ela se intriga com tudo e se indigna com este senhor tão implacável chamado TEMPO.
Eu nunca parei para pensar: eu sempre pensei andando, comendo, caminhando, dando aula, escrevendo, no banheiro, lavando a louça...
Aliás, eu penso quando menos deveria.
Penso muito mais que o recomendável.
Se eu tivesse opção de não pensar, se eu precisasse parar para pensar, acho que virava atleta de maratona. Porque vamos e venhamos sem nunca sair do lugar, é o ato de pensar que tantas vezes acaba com tudo.
Acho que é de tanto pensar que os numeruzinhos da minha vida (com exceção da balança) continuam tão mirrados: nenhum filho, nenhuma plástica, 1º casamento, nenhuma passagem policial, nenhum prêmio na loteria, ...
Me intriga também a paciência do marido da Maya da novela. A pobre tá desidratada de tanto chorar e ele lá: sempre lindo e amável. (Ticket! - um dia descubro o que quer dizer isto!)
Me intriga a tal sacola de pano. E daí, onde vou colocar o meu lixinho de todo dia se não na sacolinha do mercado? O saco de lixo comprado, não é de plástico também? (Sem falar que o saco de lixo que o mercado vende é de milhões de litros. Dá até para matar o marido e despachar pelo caminhão do lixo.)
Me intriga a minha falta de projeção climática: foi eu investir em casacos que o verão começou.
Me intrigam os botecos que não têm Banricompras.
Me intrigam as pessoas que votam e acreditam.
Me intrigam as mulheres que ficam em cima de um salto agulha por mais de uma hora, com tanta coisa que uma pessoa já passa na vida...
Me intriga esta moda Saruel. Além de mais gordas, as mulheres parecem cagadas...
E vou te contar: no dia em que uma mulher acha uma SOBRANCELHA branca, ela se intriga com tudo e se indigna com este senhor tão implacável chamado TEMPO.
domingo, 23 de agosto de 2009
das vaidades
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
das citações
por Ticcia (www.ticcia.com.br)
Talvez um dia eu me torne mãe, ou não. Certo é que falar a respeito de educação de filhos é muito mais fácil do que educá-los, não tenho nenhuma dúvida. Mas há algum tempo me perguntaram o que a escola em que eu matriculasse um filho não poderia ensinar e eu respondi que a escola em que criança alguma estudasse não poderia jamais ensiná-la a ser qualquer coisa diferente do que ela realmente é.
Talvez um dia eu me torne mãe, ou não. Certo é que falar a respeito de educação de filhos é muito mais fácil do que educá-los, não tenho nenhuma dúvida. Mas há algum tempo me perguntaram o que a escola em que eu matriculasse um filho não poderia ensinar e eu respondi que a escola em que criança alguma estudasse não poderia jamais ensiná-la a ser qualquer coisa diferente do que ela realmente é.
domingo, 16 de agosto de 2009
das compulsões
compulsão, cada um tem a sua.
é por isto que às vezes eu posto várias coisas e tantas vezes nada.
tem gente que não sabe guardar dinheiro.
tem gente que não sabe guardar segredo.
tem gente que não sabe nem guardar a chave.
eu, não sei guardar posts (e nem segredo - mas não espalha).
é por isto que às vezes eu posto várias coisas e tantas vezes nada.
tem gente que não sabe guardar dinheiro.
tem gente que não sabe guardar segredo.
tem gente que não sabe nem guardar a chave.
eu, não sei guardar posts (e nem segredo - mas não espalha).
sobre coisas que uma mulher não deveria fazer no mesmo dia...
se olhar pelada no espelho e
olhar atrizes na revista caras...
(é, não precisa de explicação!)
--- --- --- --- --- ---
deusquenoslivre destes verões repentinos: tudo branco e demais para fora das roupas.
melhor os casacões!
olhar atrizes na revista caras...
(é, não precisa de explicação!)
--- --- --- --- --- ---
deusquenoslivre destes verões repentinos: tudo branco e demais para fora das roupas.
melhor os casacões!
só pra constar
ninguém sabe o quanto que dói a falta de comentários para quem tem um blog.
ou o quanto ilumina o dia de quem escreve.
é, é bem aquilo mesmo, eu não escrevo pra ninguém.
mas, quando alguém lê - e comenta, é como se a fada azul habitasse meu blog e tudo virasse palavras de verdade.
dá aquela vergonha e aquela felicidade, tipo elogio de professora.
tipo olhar de homem na rua...
ou o quanto ilumina o dia de quem escreve.
é, é bem aquilo mesmo, eu não escrevo pra ninguém.
mas, quando alguém lê - e comenta, é como se a fada azul habitasse meu blog e tudo virasse palavras de verdade.
dá aquela vergonha e aquela felicidade, tipo elogio de professora.
tipo olhar de homem na rua...
da série: sala de aula
eu sempre tive dificuldade em cobrar o uso do uniforme das crianças.
claro que eu sei que facilita para aquelas tantas coisas que todo mundo fala.
mas, também sei que é a idade onde eles começam a construir a sua personalidade, estilo, ...
é a idade onde tantas vezes a gente tem de vestir o que os pais mandam e ponto. (na maior parte da vezes quem manda mesmo é o salário do pai ou da mãe)
sem contar que roupa nunca foi e nem nunca será pré-requisito para aprender em sala de aula.
e talvez, uniformizar seja apenas uma forma de excluir o diferente.
e não, eu não sou moderna, eu acredito até em caderno de caligrafia e concentração.
e agora, além do uniforme vai ser aquilo: lembrar de lavar as mãos, limpar as classes, colocar o lixo a cada pouco para fora da sala, ficar de porta aberta (é, eu não gosto, aula pra mim às vezes tem as suas intimidades) e todas aquelas coisas que vão me matando mais do que a gripe.
mas, vai chegar o dia em que eu poderei ser apenas professora. ah, vai.
claro que eu sei que facilita para aquelas tantas coisas que todo mundo fala.
mas, também sei que é a idade onde eles começam a construir a sua personalidade, estilo, ...
é a idade onde tantas vezes a gente tem de vestir o que os pais mandam e ponto. (na maior parte da vezes quem manda mesmo é o salário do pai ou da mãe)
sem contar que roupa nunca foi e nem nunca será pré-requisito para aprender em sala de aula.
e talvez, uniformizar seja apenas uma forma de excluir o diferente.
e não, eu não sou moderna, eu acredito até em caderno de caligrafia e concentração.
e agora, além do uniforme vai ser aquilo: lembrar de lavar as mãos, limpar as classes, colocar o lixo a cada pouco para fora da sala, ficar de porta aberta (é, eu não gosto, aula pra mim às vezes tem as suas intimidades) e todas aquelas coisas que vão me matando mais do que a gripe.
mas, vai chegar o dia em que eu poderei ser apenas professora. ah, vai.
Mais gripe
"Se apenas limpando as mãos com álcool elimina o risco do vírus da gripe, ingerindo bebida alcoólica então, ele nem há de chegar perto!"
(Destas coisas que a gente recebe por e-mail...)
(Destas coisas que a gente recebe por e-mail...)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
da novela
eu tô tentando assistir a tal novela das índias.
mas, eu não tenho sorte, quando eu assisto eles só dançam, tomam chá e falam "ticket" (que eu não faço a mínima idéia do que possa significar).
hoje a minha mãe me falou no MSN para assistir que ia ter uma briga de mulheres.
no trabalho, também falavam sobre isto.
no mercado o assunto também era este.
eu corri para assistir, mas perdi a cena.
nas minhas teorias de boteco, eu acredito que mulher batendo em mulher sempre dá ibope, é catarse pura, toda mulher já quis ou quer bater (muito) em outra.
eu?
continuo querendo e evitando.
et - minhas paixões televisivas: Lineu (A Grande Família), Dr. House e agora o Tarso (Novela...)
mas, eu não tenho sorte, quando eu assisto eles só dançam, tomam chá e falam "ticket" (que eu não faço a mínima idéia do que possa significar).
hoje a minha mãe me falou no MSN para assistir que ia ter uma briga de mulheres.
no trabalho, também falavam sobre isto.
no mercado o assunto também era este.
eu corri para assistir, mas perdi a cena.
nas minhas teorias de boteco, eu acredito que mulher batendo em mulher sempre dá ibope, é catarse pura, toda mulher já quis ou quer bater (muito) em outra.
eu?
continuo querendo e evitando.
et - minhas paixões televisivas: Lineu (A Grande Família), Dr. House e agora o Tarso (Novela...)
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
ainda a gripe
não é que eu não acredito na gripe.
aliás, eu passei por uma terrível na semana passada.
é que eu não consigo acreditar que TUDO ISTO é o governo me protegendo.
eu acredito que possa ser tática para desviar atenção.
remédio encalhado.
e todas as alternativas do gênero.
proteção, pra mim, é coisa de mãe.
o governo (para mim) é aquele se interessa pelo meu voto, meu imposto, pela minha força de trabalho e que faz leis ridículas para eu respeitar.
o problema nunca são as coisas nas quais acredito, mas das quais eu desacreditei.
e como professora vale lembrar: em caso de greve, a Yeda (nossa Cruz) não aceita recuperação de aulas aos sábados, mas no caso da gripe a recuperação das aulas já está prevista para os sábados.
aliás, eu passei por uma terrível na semana passada.
é que eu não consigo acreditar que TUDO ISTO é o governo me protegendo.
eu acredito que possa ser tática para desviar atenção.
remédio encalhado.
e todas as alternativas do gênero.
proteção, pra mim, é coisa de mãe.
o governo (para mim) é aquele se interessa pelo meu voto, meu imposto, pela minha força de trabalho e que faz leis ridículas para eu respeitar.
o problema nunca são as coisas nas quais acredito, mas das quais eu desacreditei.
e como professora vale lembrar: em caso de greve, a Yeda (nossa Cruz) não aceita recuperação de aulas aos sábados, mas no caso da gripe a recuperação das aulas já está prevista para os sábados.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
da gripe
e quando que eu ia imaginar que as minhas férias seriam prolongadas por causa de uma gripe que eu nem peguei?!?
sexta-feira, 24 de julho de 2009
da série: frio de renguear cusco
marcou zero grau pela manhã.
à tarde, mesmo com sol, não marcou nem 10.
a única coisa que eu consigo pensar é: que bom que eu já tomei banho!
(e amanhã tem mais!)
à tarde, mesmo com sol, não marcou nem 10.
a única coisa que eu consigo pensar é: que bom que eu já tomei banho!
(e amanhã tem mais!)
da série não posso mais
para esta vida ultrapassei a minha cota de assistir a palestras ridículas.
me convide para comer buchada de bode, passar frio, fazer caminhada de salto alto, mas não me convide para estas palestras ridículas.
pordeusdocéuepelodiabodoinferno: CHEGA!
me convide para comer buchada de bode, passar frio, fazer caminhada de salto alto, mas não me convide para estas palestras ridículas.
pordeusdocéuepelodiabodoinferno: CHEGA!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
para os meus leitores
segundo o menino do dedo verde, que escreve no Azul Janela, eu tenho mais de 70 leitores fiéis - ele sabe pesquisar estas coisas que eu prefiro apenas imaginar - segundo ele também, leitores que eu não respeito: ficando dias e dias sem escrever e depois postando tudo de uma só vez.
aqui é o lugar, onde a ilha que eu sou finalmente espera por um barco e não mais ergue muralhas.
então, não deixe de vir, ficar e bisbilhotar.
(às vezes eu me abandono mesmo, mas depois eu volto. às vezes não pra mim mesma, mas para quem consegue me ler.)
(às vezes também eu tenho vergonha de ficar dando as minhas opiniões tão furadas. tem aqueles que defendem que opinião é como bunda: todo mundo tem. tem aqueles que defendem que por ser como uma bunda não se pode ficar dando. eu não defendo nada. nem ninguém. eu apenas escrevo para chegar naquele lugar que ninguém ousa chamar pelo nome - nem eu.)
aqui é o lugar, onde a ilha que eu sou finalmente espera por um barco e não mais ergue muralhas.
então, não deixe de vir, ficar e bisbilhotar.
(às vezes eu me abandono mesmo, mas depois eu volto. às vezes não pra mim mesma, mas para quem consegue me ler.)
(às vezes também eu tenho vergonha de ficar dando as minhas opiniões tão furadas. tem aqueles que defendem que opinião é como bunda: todo mundo tem. tem aqueles que defendem que por ser como uma bunda não se pode ficar dando. eu não defendo nada. nem ninguém. eu apenas escrevo para chegar naquele lugar que ninguém ousa chamar pelo nome - nem eu.)
"não se afobe não, que nada é pra já"
Futuros amantes
Depois dos 30, a gente sabe a velocidade do tempo e se afoba mesmo, destruindo o que precisaria de mais tempo.
Mas, a matéria da vida muitas vezes só faz sentido - contraditoriamente - na morte.
Mas, em qualquer velocidade, Chico Buarque me deixa sempre submersa.
Depois dos 30, a gente sabe a velocidade do tempo e se afoba mesmo, destruindo o que precisaria de mais tempo.
Mas, a matéria da vida muitas vezes só faz sentido - contraditoriamente - na morte.
Mas, em qualquer velocidade, Chico Buarque me deixa sempre submersa.
notícias de um país - distante - chamado férias
a melhor ausência das minhas férias é o despertador.
o melhor calor é o da comida fresca.
o melhor embalo é uma pilha de cds escolhida a dedo.
o silêncio e a solidão da casa são um abraço.
(duas semanas em que chegarei mais perto de mim mesma e com sorte me darei a mão, o braço e talvez um abraço)
o melhor calor é o da comida fresca.
o melhor embalo é uma pilha de cds escolhida a dedo.
o silêncio e a solidão da casa são um abraço.
(duas semanas em que chegarei mais perto de mim mesma e com sorte me darei a mão, o braço e talvez um abraço)
ilusão de gordo
agora, a minha nova mania: vou à farmácia e me peso de bolsa, bota e casaco.
imagino generosamente o peso de cada coisa e fico bem feliz com o quanto emagreço.
é, cada um se salva com a fantasia que é capaz de criar.
cada um morre com as verdades que não é capaz de suportar.
imagino generosamente o peso de cada coisa e fico bem feliz com o quanto emagreço.
é, cada um se salva com a fantasia que é capaz de criar.
cada um morre com as verdades que não é capaz de suportar.
sábado, 18 de julho de 2009
o motivo faz a fé
dia destes eu fui substituir uma profe na Educação Infantil.
logo no início da aula, uma aluna me disse que a professora sempre escolhe um motivo para a oração da turma. que no dia anterior tinha sido para que todas crianças do mundo tivessem comida.
eu disparei: hoje a gente vai rezar para parar de chover e vocês não ficarem mais um dia sem poder ir correr no pátio.
as crianças não queriam mais parar de rezar.
o diabo sempre são as nossas motivações.
logo no início da aula, uma aluna me disse que a professora sempre escolhe um motivo para a oração da turma. que no dia anterior tinha sido para que todas crianças do mundo tivessem comida.
eu disparei: hoje a gente vai rezar para parar de chover e vocês não ficarem mais um dia sem poder ir correr no pátio.
as crianças não queriam mais parar de rezar.
o diabo sempre são as nossas motivações.
domingo, 12 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Bethânia
"Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez."
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez."
sem perfume
eu sou alucinada por cheiros.
mas, não uso perfume.
eu até compro, ganho e tento.
eu gosto de cheiro de comida forte, de chuva, de cabelo recém lavado, de giz de cera, de gasolina, de hortelã, de café, de cítricos, de cachaça de alambique, de chocolate, de perfume de homem "gelado", de madeira, de rio, ...
eu queria ser cheiro de praia.
é o cheiro quem sempre me escolhe.
mas Zeus, por que eu não uso perfume?
talvez o meu cheiro é a única coisa que tenho de realmente minha.
talvez seja uma forma de voltar de pra casa.
talvez seja uma forma de habitar sem comprar.
mas, não uso perfume.
eu até compro, ganho e tento.
eu gosto de cheiro de comida forte, de chuva, de cabelo recém lavado, de giz de cera, de gasolina, de hortelã, de café, de cítricos, de cachaça de alambique, de chocolate, de perfume de homem "gelado", de madeira, de rio, ...
eu queria ser cheiro de praia.
é o cheiro quem sempre me escolhe.
mas Zeus, por que eu não uso perfume?
talvez o meu cheiro é a única coisa que tenho de realmente minha.
talvez seja uma forma de voltar de pra casa.
talvez seja uma forma de habitar sem comprar.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
dos meus heróis
é, eu tenho um aluno que apronta (como todos), mas ele NUNCA consegue dizer/assumir as suas façanhas (que não são poucas).
e eu fico lá, converso, tento, vejo, penso, analiso e nunca desisto.
estes dias uma funcionária da escola disse algo mais ou menos assim: é, tem que assumir, senão imagina depois quando crescer.
mas, infelizmente as minhas preocupações são mais infelizes:
a gente passa uma vida toda se polindo e se racionalizando, deixando tanta coisa para trás que ao menos quando pequeno ele tem que se permitir não só a fazer, mas a achar que pode e assumir.
--- ---
estes dias foi outro que tirou uma lasca de joelho.
e eu ali fazendo curativo e nada do guri chorar.
de repente eu disse: chora um pouco, eu sei como dói. (pensei que o menino estava em estado de choque)
ele me olhou do alto dos seus 7 anos e disse: - meu pai tá preso e eu também sou bandido, não choro.
quem ficou em estado de choque fui eu.
e eu fico lá, converso, tento, vejo, penso, analiso e nunca desisto.
estes dias uma funcionária da escola disse algo mais ou menos assim: é, tem que assumir, senão imagina depois quando crescer.
mas, infelizmente as minhas preocupações são mais infelizes:
a gente passa uma vida toda se polindo e se racionalizando, deixando tanta coisa para trás que ao menos quando pequeno ele tem que se permitir não só a fazer, mas a achar que pode e assumir.
--- ---
estes dias foi outro que tirou uma lasca de joelho.
e eu ali fazendo curativo e nada do guri chorar.
de repente eu disse: chora um pouco, eu sei como dói. (pensei que o menino estava em estado de choque)
ele me olhou do alto dos seus 7 anos e disse: - meu pai tá preso e eu também sou bandido, não choro.
quem ficou em estado de choque fui eu.
domingo, 14 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
perguntas da Laura
Gostei das perguntas da Laura (perguntar é mais difícil do que parece)... copiei e respondi.
Qual é o traço principal do seu temperamento?
Não são traços, são curvas.
Humor negro, paranóias e organização.
Seu maior defeito?
Minha generosidade sempre é maior com os outros.
A qualidade humana que você prefere?
Todas aquelas eu eu não tenho.
Qualquer uma que tire a pessoa do lugar comum.
Gosto mais dos defeitos do que das qualidades.
Seu personagem histórico favorito.
A Mafalda - do Quino.
Seus heróis favoritos na vida real?
Meus alunos e meu cachorro imaginário.
O que você gostaria de ter sido?
Alguém que tivesse a dádiva de deixar de ser, ao menos de vez em quando.
Uma mulher de bunda sólida.
Uma pessoa que acredita até o fim.
Seu ideal de felicidade terrestre?
A alegria da minha mãe.
Uma tela em branco, ócio e chuva - Tudo ao mesmo tempo.
Todas as entrelinhas.
Todas as letras.
Silêncio.
O cúmulo da miséria?
A justiça ser burocrática.
Onde você gostaria de viver?
Fora do meu corpo, ao menos às vezes.
Qual é o dom que você teria gostado de ter?
Música e desenho.
Que defeito é mais fácil de perdoar?
A ignorância.
Seu pintor preferido?
Dalí
Seu compositor favorito é...
Não é compositor, mas tem um ritmo perturbado que me traduz: Clarice Lispector.
Sua cor preferida?
Preto, branco e cinza.
O que você detesta acima de tudo?
Corrupção.
Qual é a sua máxima?
É mínima: Eu sinto saudades de acreditar.
O que você gostaria de fazer agora na sua vida?
Conseguir acreditar.
Qual é o traço principal do seu temperamento?
Não são traços, são curvas.
Humor negro, paranóias e organização.
Seu maior defeito?
Minha generosidade sempre é maior com os outros.
A qualidade humana que você prefere?
Todas aquelas eu eu não tenho.
Qualquer uma que tire a pessoa do lugar comum.
Gosto mais dos defeitos do que das qualidades.
Seu personagem histórico favorito.
A Mafalda - do Quino.
Seus heróis favoritos na vida real?
Meus alunos e meu cachorro imaginário.
O que você gostaria de ter sido?
Alguém que tivesse a dádiva de deixar de ser, ao menos de vez em quando.
Uma mulher de bunda sólida.
Uma pessoa que acredita até o fim.
Seu ideal de felicidade terrestre?
A alegria da minha mãe.
Uma tela em branco, ócio e chuva - Tudo ao mesmo tempo.
Todas as entrelinhas.
Todas as letras.
Silêncio.
O cúmulo da miséria?
A justiça ser burocrática.
Onde você gostaria de viver?
Fora do meu corpo, ao menos às vezes.
Qual é o dom que você teria gostado de ter?
Música e desenho.
Que defeito é mais fácil de perdoar?
A ignorância.
Seu pintor preferido?
Dalí
Seu compositor favorito é...
Não é compositor, mas tem um ritmo perturbado que me traduz: Clarice Lispector.
Sua cor preferida?
Preto, branco e cinza.
O que você detesta acima de tudo?
Corrupção.
Qual é a sua máxima?
É mínima: Eu sinto saudades de acreditar.
O que você gostaria de fazer agora na sua vida?
Conseguir acreditar.
sábado, 9 de maio de 2009
aquela
eu sou aquela que pensa em fazer uma greve para garantir um vale-refeição de 95 reais, enquanto os parlamentares têm um aumento de 15.000 reais.
eu sou aquela que muitas vezes respira pelo pulmão dos outros, porque pra quem não acredita mais sobra pouco oxigênio.
eu sou aquela que tenta ser doce, mas nunca consegue ir além da acidez.
eu aquela que come um pé de alface por dia, mesmo sabendo que só o photoshop daria um jeito digno.
eu sou aquela que ensina, mas sabe que grande opção seria desaprender.
eu queria ser a outra,
mas, eu sou aquela que nunca chega a si mesma e quando chega se afoga.
eu sou aquela que muitas vezes respira pelo pulmão dos outros, porque pra quem não acredita mais sobra pouco oxigênio.
eu sou aquela que tenta ser doce, mas nunca consegue ir além da acidez.
eu aquela que come um pé de alface por dia, mesmo sabendo que só o photoshop daria um jeito digno.
eu sou aquela que ensina, mas sabe que grande opção seria desaprender.
eu queria ser a outra,
mas, eu sou aquela que nunca chega a si mesma e quando chega se afoga.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Azul Janela
O Azul Janela é um lugar mágico, porque dele não se vê apenas para fora, se enxergar também para dentro. Para dentro de nós mesmos. Para dentro dos mais variados livros. A gente espia. As frestas sugam. E a gente foge daqui e se lê nos trechos. A partir dos trechos a gente busca o livro e aí... bom, aí não tem mais volta. Ou melhor, a gente dá volta ao mundo, em nós mesmos e retorna cada vez melhor, mais preenchidos de nós mesmos através dos outros.
Janela Lateral - Milton Nascimento
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal
Menssageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou(Você não quer acreditar)
Mas isso é tão normal
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Caveleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir.
É, a gente se perde e conta uns segredinhos. O Azul Janela é a porta do meu cavaleiro...
Janela Lateral - Milton Nascimento
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal
Menssageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou(Você não quer acreditar)
Mas isso é tão normal
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Caveleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir.
É, a gente se perde e conta uns segredinhos. O Azul Janela é a porta do meu cavaleiro...
quinta-feira, 16 de abril de 2009
diretamente do blog da Ticcia
Em verdade eu tbm vos digo: além de concordar com tudo, tbm só aceito gastar mais por algumas poucas marcas de calça jeans...
É bunda é uma coisa mesmo...
Em verdade, em verdade vos digo: há compras e compras e há algumas que justificam serem feitas em determinados lugares; outras, não. Tipo sapato. Tipo calça jeans. E por falar nisso, no que concerne ao meu very private own derrière (e suspeito que em algumas pouquíssimas sortudas qualquer coisa caia bem), dependendo do jeans, eu posso ficar com um bumbum, um popozão, uma jamanta acoplada, uma busanfa, uma traseira disforme, um desastre geológico ou uma bunda propriamente dita. Ou seja, no meu caso específico, valem os duzentos reaus que me cobra o Sr. Carlos Miele, mas mais do que isso eu me recuso a pagar. Muito menos se a justificativa for a ostentação inútil e imbecil de eNtiqueta no parachoque traseiro, tipo Di*s*l (que, diga-se, não funcionada NADA bem em mim). Já blusõezinhos, tricozinhos, malhinhas e basiquinhas, vamos e venhamos, quem diz se é Armani, Elus, Colcci ou da C&A? Só a fatura do nosso odiado e idolatrado cartão de crédito.
É bunda é uma coisa mesmo...
Em verdade, em verdade vos digo: há compras e compras e há algumas que justificam serem feitas em determinados lugares; outras, não. Tipo sapato. Tipo calça jeans. E por falar nisso, no que concerne ao meu very private own derrière (e suspeito que em algumas pouquíssimas sortudas qualquer coisa caia bem), dependendo do jeans, eu posso ficar com um bumbum, um popozão, uma jamanta acoplada, uma busanfa, uma traseira disforme, um desastre geológico ou uma bunda propriamente dita. Ou seja, no meu caso específico, valem os duzentos reaus que me cobra o Sr. Carlos Miele, mas mais do que isso eu me recuso a pagar. Muito menos se a justificativa for a ostentação inútil e imbecil de eNtiqueta no parachoque traseiro, tipo Di*s*l (que, diga-se, não funcionada NADA bem em mim). Já blusõezinhos, tricozinhos, malhinhas e basiquinhas, vamos e venhamos, quem diz se é Armani, Elus, Colcci ou da C&A? Só a fatura do nosso odiado e idolatrado cartão de crédito.
"na verdade continuo sob a mesma condição: distraindo a verdade e enganando o coração"
eu fico boba de ver com o ser humano se adapta, como tem tanta gente que dá a volta, ... ou que literalmente volta.
é mulher que casa com o ex-marido.
gente que amputa, transplanta, faz plástica.
gente que mora um dia ali, outro aqui.
que troca de emprego a cada ano, de celular a cada trimestre, de estado civil a cada semestre.
é como se eu me afundasse em cada entrelinha enquanto os outros viram a página. terminam o livro. começam outro.
eu fico remoendo e buscando uma forma de voltar a creditar. e nada. parece que quanto mais eu busco uma verdade, mais as incertezas me atropelam.
eu sigo acreditando que a perda da inocência é um caminho sem volta.
eu sigo crendo que eu não adapto mais.
eu sigo magra ou gorda demais para cada conceito meu.
e sim, sigo morrendo de inveja de todos os outros.
e não, não se engane, não há inveja boa.
é mulher que casa com o ex-marido.
gente que amputa, transplanta, faz plástica.
gente que mora um dia ali, outro aqui.
que troca de emprego a cada ano, de celular a cada trimestre, de estado civil a cada semestre.
é como se eu me afundasse em cada entrelinha enquanto os outros viram a página. terminam o livro. começam outro.
eu fico remoendo e buscando uma forma de voltar a creditar. e nada. parece que quanto mais eu busco uma verdade, mais as incertezas me atropelam.
eu sigo acreditando que a perda da inocência é um caminho sem volta.
eu sigo crendo que eu não adapto mais.
eu sigo magra ou gorda demais para cada conceito meu.
e sim, sigo morrendo de inveja de todos os outros.
e não, não se engane, não há inveja boa.
domingo, 12 de abril de 2009
às vezes, acontece
às vezes, a gente abandona o blog.
(mas, depois volta. às vezes me dá aquele nó e aquele dó de perder os leitores... mas eu sei que gente não perde aquilo que nunca teve.)
estes dias ela me disse que não existe isto de não saber expressar aquilo que a gente pensa... que existe sim é não pensar... não ter o que dizer.
não, eu ainda não consegui parar de pensar.
mas, cada vez que eu penso eu chego a abismos tão grandes, tããão grandes , que ando preferindo não registrá-los. aliás, quando eu vejo eu durmo ou como. mas, eu volto... é só eu subir na balança que eu paro de dormir e comer.
aliás, eu sei que por mais que pese eu jamais vou caber no meu corpo, então é tentar mantê-lo mais leve, porque de pesada já basta a vida.
(mas, depois volta. às vezes me dá aquele nó e aquele dó de perder os leitores... mas eu sei que gente não perde aquilo que nunca teve.)
estes dias ela me disse que não existe isto de não saber expressar aquilo que a gente pensa... que existe sim é não pensar... não ter o que dizer.
não, eu ainda não consegui parar de pensar.
mas, cada vez que eu penso eu chego a abismos tão grandes, tããão grandes , que ando preferindo não registrá-los. aliás, quando eu vejo eu durmo ou como. mas, eu volto... é só eu subir na balança que eu paro de dormir e comer.
aliás, eu sei que por mais que pese eu jamais vou caber no meu corpo, então é tentar mantê-lo mais leve, porque de pesada já basta a vida.
domingo, 29 de março de 2009
Pesadelos coloridos (de fato!)
Se tem uma coisa que é psicodélica na minha vida, são os meus sonhos.
Quando eu não quero ver as coisas, meu subconsciente produz filmes b. Pode?!?
Meu sonhos são ótimos! Pena que são tão íntimos! (Sempre as minhas paixões são impublicáveis ou não tem tradução...)
Estes dias sonhei que meus órgãos saiam do corpo e eu saía correndo atrás deles.
Primeiro foi o coração. Eu corria e ele batia. Me escapando. Me fazendo de boba. Sim, eu acabei tropeçando nele.
Depois, o intestino, que eu não sabia se eu colovaca pra dentro ou puxava o resto pra fora, de tão interminável...
sexta-feira, 6 de março de 2009
às vezes, nem eu me suporto!
ando terrível demais para escrever.
e ainda o tal dia da mulher.
se existe uma próxima vida eu ainda nasço homem.
não depilo, fedo sem culpa, não tenho celulite na bunda, a gordura não vira culote, ... e com sorte morro de infarto - porque numa época de tanto câncer e alzehnãoseiescreveroresto, infarto é uma bênção.
amém.
e ainda o tal dia da mulher.
se existe uma próxima vida eu ainda nasço homem.
não depilo, fedo sem culpa, não tenho celulite na bunda, a gordura não vira culote, ... e com sorte morro de infarto - porque numa época de tanto câncer e alzehnãoseiescreveroresto, infarto é uma bênção.
amém.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
a polidez e a educação
sempre me achei um tanto grossa, sem vocação para beijo e abraço em quem não conheço. sem vocação para muito: "com licença". sem estômago para muito convívio social. sem paciência pra conversa fiada.
mas, eis que me descobri mais educada que muita gente bem polida que anda por aí:
eu não chego atrasada.
se não vou, aviso.
meu celular não toca durante a aula.
eu não furo fila.
se peço emprestado, devolvo.
se fico de fazer alguma coisa, faço. (custe o que custar)
não pinto unha durante a aula.
não converso fiado em palestras.
não conto o final do filme no cinema.
se tiro foto de alguém, peço autorização antes.
não faço visitas surpresas.
não telefono pra ninguém na hora do almoço.
sei a hora de ir embora da casa dos outros.
racho despesas.
não tenho cachorro que faz cocô na calçada dos outros.
desperdiço água (gosto de água em abundância...sempre!), mas ninguém é perfeito!
sartre já dizia: o inferno são os outros! (eu sou um doce!)
mas, eis que me descobri mais educada que muita gente bem polida que anda por aí:
eu não chego atrasada.
se não vou, aviso.
meu celular não toca durante a aula.
eu não furo fila.
se peço emprestado, devolvo.
se fico de fazer alguma coisa, faço. (custe o que custar)
não pinto unha durante a aula.
não converso fiado em palestras.
não conto o final do filme no cinema.
se tiro foto de alguém, peço autorização antes.
não faço visitas surpresas.
não telefono pra ninguém na hora do almoço.
sei a hora de ir embora da casa dos outros.
racho despesas.
não tenho cachorro que faz cocô na calçada dos outros.
desperdiço água (gosto de água em abundância...sempre!), mas ninguém é perfeito!
sartre já dizia: o inferno são os outros! (eu sou um doce!)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
da Cris Guerra
Escuro.
Você vai aprender, filho. Que a intensidade pode roubar você de si mesmo. Que é preciso leveza para se pertencer. Você vai aprender a se distrair no meio do caminho – para ter o privilégio de errar. Vai aprender que as descobertas estão nos atalhos. E que é preciso alcançar o escuro denso para estar diante de todas as possibilidades. Você vai aprender a se deitar noite escura e amanhecer ensolarado. E vai entender que na perda mora o verdadeiro começo. Talvez você leve meia vida para isso. Talvez mais, como eu. Mas até lá, olha que sorte: eu vou estar segurando a sua mão.
Você vai aprender, filho. Que a intensidade pode roubar você de si mesmo. Que é preciso leveza para se pertencer. Você vai aprender a se distrair no meio do caminho – para ter o privilégio de errar. Vai aprender que as descobertas estão nos atalhos. E que é preciso alcançar o escuro denso para estar diante de todas as possibilidades. Você vai aprender a se deitar noite escura e amanhecer ensolarado. E vai entender que na perda mora o verdadeiro começo. Talvez você leve meia vida para isso. Talvez mais, como eu. Mas até lá, olha que sorte: eu vou estar segurando a sua mão.
* ela / ** eu
* olha aquela blusa colorida! bonita, né?
**é.
* tu só usa preto e branco, né?
** é.
* teu marido não te pede roupas mais coloridas?
** não.
* mas, eu acho que ele ia gostar, porque tu não tenta? tu não queria mudar?
** pra mim já tá de bom tamanho conseguir ser eu mesma.
* mas, tu não pensas em ceder?
** não, eu já me submeto a coisas demais, é horário, despertador, fila, mercado...
ela respira fundo.
eu não, tô acostumado a não ter jeito.
**é.
* tu só usa preto e branco, né?
** é.
* teu marido não te pede roupas mais coloridas?
** não.
* mas, eu acho que ele ia gostar, porque tu não tenta? tu não queria mudar?
** pra mim já tá de bom tamanho conseguir ser eu mesma.
* mas, tu não pensas em ceder?
** não, eu já me submeto a coisas demais, é horário, despertador, fila, mercado...
ela respira fundo.
eu não, tô acostumado a não ter jeito.
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